Médicos discutem indicativo de greve na noite de hoje
Sindimed aponta que muitos já deixam a rede estadual de saúde Cotidiano 05/02/2013 15h30 |Por Elisângela Valença
Logo mais, às 19 horas, os médicos da rede estadual de saúde, ligados à Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), estarão reunidos na sede do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) para uma assembleia geral. Em pauta, a avaliação das negociações do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) com o Governo do Estado e o indicativo de greve.
Segundo o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, os próprios médicos pediram para discutir a possibilidade de uma greve. “As pessoas estão extremamente desestimuladas. Muitas estão deixando a rede pública de saúde, porque não há melhorias nem do ambiente e de condições de trabalho, nem melhorias salariais”, disse o presidente.
De acordo com ele, alguns serviços da rede já não funcionam por falta de médicos. “E não é porque ‘o médico faltou’, é porque não há quem colocar na escala, as pessoas estão saindo da rede”, disse. “Fizemos uma visita ao Huse [Hospital de Urgências de Sergipe] e verificamos que a ala amarela, a semi-intensiva, tinha nove pacientes e nenhum médico. Checamos a escala e notamos que já não teve médico no dia anterior e não teria no dia seguinte”, exemplificou.
A assembleia da noite vai servir para avaliar a conjuntura e discutir as formas de ação. “Greve na área de saúde não é como greve em outros setores, onde há suspensão total de serviços. O que fazemos é um retardamento dos atendimentos ambulatoriais”, disse João Augusto. “Cada passo tem que ser bem pensado para não prejudicar o atendimento emergencial, nem dar ao Governo espaço para dizer que um setor que já está sem médico não esteja funcionando por conta da greve”, explicou.
PCC
Para o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, está faltando vontade política do Governo de valorizar os servidores. Ele explica que os Planos de Cargos e Carreiras (PCC), tanto para os servidores estatutários, como para os celetistas, estão prontos desde o final do ano passado.
“O plano dos estatutários ficou pronto no início de dezembro. O dos celetistas está pronto desde setembro, faltando apenas a homologação”, explicou. “Houve a mudança do secretário de Planejamento, mas o novo ainda não assumiu. A Secretaria de Saúde não se manifesta. Os trabalhos na Assembleia Legislativa já retornaram, mas nada foi encaminhado. Assim, fica difícil”, disse.
A assembleia dos médicos que vai decidir por mobilizações ou greve vai acontecer às 19 horas, na sede do Sindimed, que fica na Rua Celso Oliva, 481, bairro 13 de Julho.


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