Por Elisângela Valença

Movimento Não Pago cobra congelamento da tarifa de ônibus

Na manhã de hoje, 31, membros do Movimento Não Pago estiveram no Centro Administrativo da Prefeitura de Aracaju para entregar uma pauta de reivindicações referentes ao sistema de transporte público. O Movimento existe desde 2011, sempre cobrando melhorias no transporte coletivo e redução da tarifa, dentre outras reivindicações. Em 2012, a passagem de ônibus ficou congelada, sem reajustes.

Segundo Alexis Pedrão, coordenador de Comunicação do Movimento Não Pago, o serviço de transporte público está em situação ilegal. “Ainda não houve licitação, o que significa que o que temos está em situação ilegal. Como liberar reajuste para um serviço irregular?”, disse Alexis.

“Além do que, pagamos muito caro por um serviço péssimo, que não funciona”, acrescentou o coordenador. “São ônibus sujos, velhos, quebrados, que não cumprem horário. É preciso maior fiscalização do sistema, não só nos ônibus como nos terminais e aumentar o canal de diálogo com a população. E isso pode ser feito independente de licitação”, afirmou.

“Os poderes executivo e legislativo da Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão também precisam participar da discussão. O sistema é integrado às cidades da Grande Aracaju. A população destas cidades também sofre com o serviço precário”, cobrou Alexis.

A futura secretária de Defesa Social, Georlize Teles (foto), foi à entrada do Centro Administrativo para conversar com o Movimento Não Pago. Ela recebeu a pauta de reivindicações e conversou bastante com os menifestantes. Ela disse que já recebeu a pauta de reivindicações do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) e agora vai avaliar tudo que foi apresentado.

“A Prefeitura vai avaliar muitos pontos. Não é só a planilha de custos. Sabemos que o serviço prestado é muito ruim e precisa ser corrigido porque ele não atende à população”, disse a secretária.

Ela lembrou que os vereadores também participam desta discussão e precisam tomar posição. “Agradando ou desagradando a qualquer um dos lados, uma posição tem que ser tomada, mas sempre com embasamento”, disse. “Aqui não há inimigos. Divergências de ideias sempre existiram e existirão, mas o ponto de convergência é o bom atendimento à população e é isso que temos que priorizar”, acrescentou.

Amanhã, 1º de fevereiro, a secretária receberá o Movimento Não Pago, às 14 horas, no auditório da Superintendência Municipal de Transportes (SMTT), para discutirem os dez pontos da pauta de reivindicações, que trazem temas como licitação, auditoria, congelamento de valor de tarifa, passe livre, entre outros.