MP move ação para que Estado reassuma Huse e maternidade pública
Se acatada pelo TJ/SE, governo tem 30 dias para retomar o comando Cotidiano 08/11/2012 16h49 |Por Fernanda Araujo
A Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) até pediu o adiamento da audiência que seria realizada, na tarde de hoje (08), na Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual de Sergipe (MPE), mas não evitou que o MPE decidisse mover uma ação civil pública com o objetivo de o Estado reassumir a gestão do Hospital de Urgência de Sergipe e da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, num prazo máximo de 30 dias. O MPE, que espera, agora, a decisão do Poder Judiciário, entende que sob a responsabilidade da FHS, a saúde pública de Sergipe está em crise.
“O Ministério Público já tinha documentos comprobatórios suficientes. Infelizmente, tivemos que tomar, logo, essa decisão, pois não podíamos procrastinar essa situação”, declara a promotora Euza Missano (foto abaixo). Por conta da falta de medicamentos oncológicos aos pacientes do Sistema Único de Saúde, da descontinuidade no fornecimento de materiais, insumos e até do racionamento de alimentação, o Estado deve reassumir a gestão das unidades hospitalares no prazo de
30 dias.“Não é admissível que nós aceitemos a falta de medicamentos no maior hospital público do Estado (Huse), além da falta de insumos (luvas, reagentes laboratoriais). O objetivo da Fundação era o de facilitar e desburocratizar esse processo de compras. O que estamos observando agora é o contrário. É empatar a assistência por conta do desabastecimento”, critica Euza Missano.
O Estado deve reassumir todo o gerenciamento dos principais hospitais públicos, o Huse e a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que é especializada em partos de alto risco. Inclusive, mantendo o poder de compra para abastecer os hospitais, e além disso, fazendo intervenção fiscalizatória na FHS com uma supervisão necessária e apresentação de relatório técnico em 60 dias. No relatório deverá constar o cumprimento dos objetivos assumidos com a Constituição da Fundação e obtenção de eficiência administrativa e financeira, indicando todos os resultados alcançados e as metas que foram compactuadas no contrato estatal de serviço.
O MPE quer também, no prazo de cinco dias, o relatório completo de gestão desses hospitais no ano de 2011, tendo inclusive a prestação de contas do mesmo ano. Para o descumprimento da ação, se prevê multa diária de R$ 5 mil.
Mesmo movida a ação, o MPE ainda deverá aguardar a decisão final do Poder Judiciário. A promotora Euza Missano avalia que há uma crise na saúde pública, e que tem prejudicado, excessivamente, a assistência aos pacientes. “Nós recebemos diariamente pessoas que buscam medicação para câncer, que necessitam de cirurgias para patologias graves e que não estão encontrando assistência necessária”, diz.
Matéria Relacionada
Promotora avalia problemas de abastecimento na Fundação Hospitalar


A prisão aconteceu na madrugada do sábado (20), no bairro Industrial durante patrulhamento de rotina

Homem foi flagrado com tabletes de droga enterrados no quintal de casa

Psicóloga explica que fatores como a sensação de prazer potem potencializar o vício

Projeto da Unit usa energia solar para gerar hidrogênio verde e reduzir microplásticos

Animal foi resgatado em posto de gasolina no bairro Atalaia