Por Fernanda Araujo

Representados pelo Sintese, os professores da rede estadual de ensino reprovaram a política do governador Marcelo Déda e da maioria dos prefeitos de Sergipe. A Prova Final dos professores criada em 2004 avaliou, este ano, o nível de educação das redes estadual e municipais através de um questionário, que abordava a valorização profissional, gestão democrática, condições de trabalho, entre outros.

Após a coleta das notas das 173 urnas instaladas nos 75 municípios, no último dia 07 de dezembro, a avaliação foi divulgada as pessoas que passavam pelo calçadão da rua João Pessoa, centro de Aracaju, na manhã desta sexta-feira (28).

De zero a 10, a média da avaliação dos professores dada ao governador Marcelo Déda (PT) foi de 2,1, a mais baixa da gestão desde 2007. Em 2008 essa mesma prova direcionada ao governador foi entregue aos professores, os quais deram a nota de 3,6, já em 2009 (4,6), 2010 (5,2) e 2011 (3,0). Para chegar a média deste ano, foram computados as avaliações das regiões Agreste; Alto Sertão; Centro Sul; Sul; Metropolitana; Vale do Cotinguiba; Baixo São Francisco I e II; e Aracaju, que por sua vez, no quesito educação Déda teve o pior desempenho em 1,3 pontos.

O questionário também avaliou a política dos prefeitos. A melhor

nota de 2012 em cada município foi dada à administração da região de São Francisco. Ailton Nascimento (PDT) recebeu média 7,5. Segundo a assessoria de comunicação do Sintese, a média desse mesmo município no ano passado foi de 3,8. Já o pior desempenho de todo o estado, segundo os educadores, é de Aquidabã no Baixo São Francisco, com média 0,1.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Sergipe (Sintese), Ângela Melo, a política de educação do governo do estado é um fracasso. A presidente relata os problemas vivenciados pelos professores, além da falta de compromisso do governo e de valorização do magistério para mudar essa realidade. “Que o governo receba como uma crítica construtiva e trabalhe muito mais para mudar a realidade da nossa educação”, afirmou.

Com informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Sergipe