OAB Sergipe promove palestras contra a violência doméstica
Cotidiano 22/11/2012 10h31 |“Quando duas pessoas começam a gritar, é porque os corações não estão se escutando”, foi com essa frase de Gandhi, que as integrantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), Ilma Silva Loeser e Richesmy Libório Santa Rosa, discorreram sobre violência doméstica na palestra que aconteceu nesta quarta-feira, 21, no auditório do Cefem, com os alunos da Sesi.
As palestras iniciam a Campanha de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe, por intermédio da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, contando com o apoio do Sesi e outras instituições. A campanha tem como tema “A história agora é outra: troque a dor pelo amor”.
Segundo Ilma Silva Loeser, o objetivo das palestras é divulgar as ações que auxiliem a diminuir e prevenir a violência doméstica. “Nunca há razão para violência, uma forma de conscientizar é através da educação”, afirmou Loeser.
Já Richesmy Libório Santa Rosa destacou que a cada 15 segundos, no Brasil, uma mulher sofre algum tipo de violência. “Não existe apenas a violência física”, constatou e aproveitou para destacar: “A violência doméstica é cíclica. O homem acabar tendo a consciência de que o que ele faz está errado, mas para que não se repita ele precisa procurar ajuda: de psicólogos, assistentes sociais e da religião”, enumerou.
As integrantes da CDDM explicaram aos alunos como surgiu a Lei Maria da Penha e porque há essa diferenciação no tratamento dos gêneros em relação à violência. “A Lei Maria da Penha foi a resposta da Justiça Brasileira a essa mulher que sofria de agressão e não conseguia que o sistema brasileiro resolvesse. Foi preciso que ela ficasse paraplégica e recorresse às cortes internacionais para que o Brasil, finalmente, desse a devida atenção. Daí, criou-se a Lei Maria da Penha que a homenageia e garante à mulher que o homem será penalizado pelas as suas ações”, explanou Ilma Loeser.
Richesmy elucidou a diferença entre o tratamento aos agressores: “A mulher que agride o marido, se ele denunciar, ela será penalizada. A única diferença é que a mulher será julgada pelo Código Civil e o homem que agride uma mulher, é julgado pela Lei Maria da Penha. Mas, nos dois casos, há penalidades. A violência não é a resposta”, ressaltou.
Para o estudante Gisélio Santos, bater em mulher é covardia. “Minha esposa, uma vez, me deu um tapa. Não gostei, claro, mas não revidei, porque ela é mulher e não se bate em mulher. Não tenho vergonha de dizer que apanhei, não foi covardia. Teria sido covardia se eu tivesse batido de volta”, contou.
A aluna Maria Júlia Alves falou que muitas vezes as mulheres se permitem viver sob à agressão do companheiro por não saber o que fazer. “A iniciativa de trazer esse assunto para debate é algo muito bom. Porque a violência doméstica existe e não deveria. As palestras nos trazem informações, que vamos levar para outras pessoas e, assim, ajudar a acabar com esse tipo de violência”, disse.
Na quinta-feira, 22, a CDDM promoverá palestras no auditório do Cefem e na Unit – Campus Farolândia, às 19h e às 20h, respectivamente.
Foto: OAB/Sergipe


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