População fala sobre primeiro casamento homoafetivo em Sergipe
Cotidiano 08/05/2012 18h14 |Por Sílvio Oliveira
A juíza da 2ª Vara Privativa de Assistência Judiciária da Comarca de Aracaju, Gardênia Carmelo Prado, sentenciou o primeiro caso de casamento entre pessoas do mesmo sexo em Sergipe nesta segunda-feira (07). O fato tem repercutido nas ruas de Aracaju e causa divergência entre os sergipanos.
Para alguns, a decisão não deveria causar estranheza, já que muitos casais homoafetivos convivem em união, não necessitando de um simples papel de casamento para se designarem como tal. Outros afirmam não pactuar com a situação, argumentando que as leis divinas veem nela uma aberração.
Entre os que emitiram suas opiniões ao F5 News, porém, a grande maioria se mostrou favorável. Erika Souza Santos (foto1), promotora de eventos, afirmou que a decisão é um fato normal, pois qualquer pessoa tem o direito de fazer o que quer, até mesmo casar. O advogado carioca Valter Costa (foto principal) foi mais além. Dizendo-se heterossexual convicto, afirmou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil é uma forma de evolução, já que não vai ser a decisão judicial que irá mudar os valores. “Considero uma evolução. Os valores estão muito desgastados, independente da decisão judicial. Sou favorável”, afirmou.
Na sentença, a magistrada destacou que o papel sociocultural, em especial a orientação sexual do indivíduo, não deve importar na colocação dos casais homoafetivos à margem da lei e que devem também ser cumpridos os princípios da igualdade, dignidade da pessoa humana, da nuclearização da família, da intimidade, da privacidade e de outros atrelados à condição
dos indivíduos em relação a si mesmos e em relação com a sociedade.Juan Felipe (foto2), consultor de vendas, destaca que a Justiça deve reconhecer o casamento. “O tabu ainda existe, mas deve ser quebrado. O problema é a igreja”, observou.
Ligia de Castro e Alessandra Lins de Oliveira, ambas cabeleireiras, corroboraram a ideia, já que aprovam a legitimação do casamento homoafetivo perante a Justiça, defendendo que cada ser humano deve conduzir sua vida conforme os próprios desejos. “Acho normal. Sou a favor de que cada um faça o que quer”, avaliou Ligia de Castro.
Fotos: Evely Lima


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