Presídio de Glória está completamente destruído após rebelião
Secretário de Direitos Humanos participa de negociações Cotidiano 14/10/2012 07h19 |
Por Marcio Rocha
A rebelião dos internos da penitenciária estadual Senador Leite Neto, na cidade de Nossa Senhora da Glória, aproxima-se de completar 24 horas sem nenhum sinal de negociação entre os internos e as equipes da polícia que foram enviadas para o local.
De acordo com informações do repórter Romário Andrade, os presos se rebelaram após o horário do almoço, enquanto os visitantes estavam chegando às dependências do presídio. Os presos reclamam da superlotação da unidade prisional, que tem capacidade para abrigar 180 presos, mas encontra-se com 500 presos custodiados.
Os rebelados estão mantendo como refém, um agente penitenciário. Informações indicam que o agente se chama Inácio dos Santos, de 54 anos, que não conseguiu correr ao perceber a fúria dos presos. Os outros agentes conseguiram escapar dos amotinados. Quatro presos tentaram escapar e foram contidos pelo reforço policial. Um dos presos ficou ferido e foi levado para o Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória.
Policiais do Batalhão de Choque, Grupo de Ações Táticas do Interior, Grupamento Tático Aéreo e Comando de Operações Especiais estão no presídio, tentando negociar com os detentos a liberação dos reféns. Além do agente Inácio dos Santos, um grupo de aproximadamente 80 pessoas, sendo todos parentes dos presos, está em poder dos rebelados. Segundo informações, as dependências do presídio estão completamente destruídas, após ação revoltosa dos presos.
Dois internos que estavam em celas de isolamento foram feridos a golpes de chuço dentro do presídio, mas ambos passam bem e não correm risco de morte. De acordo com informações, alguns dos presos que lideraram a rebelião no presídio Antônio Jacinto Filho, no mês de abril, estão custodiados no presídio de Glória e estão ligados ao comando do motim. De acordo com informações do jornalista Douglas Magalhães, um preso conhecido por “Cabal” está entre os líderes da rebelião, sendo que este preso se associou ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que domina o crime organizado e o tráfico de drogas em vários estados do Brasil, e está à frente da rebelião.
Os presos seguem sem realizar contato com os policiais desde a meia-noite, quando decidiram que só continuariam as negociações nesta manhã. O juiz de execuções penais e o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Luiz Eduardo Oliva estão no local, com objetivo de abrir mais um canal de negociação com os detentos rebelados.
Imagem: Inácio Santana


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