Professores ocupam sede da Seduc em Aracaju por reivindicações
Sintese informou que entidade foi notificada sobre indelegabilidade da paralisação Cotidiano | Por F5 News 04/06/2024 16h15 |Nesta terça-feira (4), professores da Rede de Ensino do Estado de Sergipe ocuparam a sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em Aracaju.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), a ação é em resposta ao que a entidade analisa como falta de respostas concretas do secretário da pasta, Zezinho Sobral, às reivindicações da categoria.
O presidente do Sintese, professor Roberto Silva, anunciou que a ocupação continuará até que o secretário receba os representantes e discuta as demandas apresentadas.
Ainda de acordo com ele, a ocupação da Seduc será mantida durante os três dias de paralisação programados. "Estamos aguardando resposta do secretário Zezinho Sobral e, enquanto ela não chega, a Seduc continuará ocupada", afirmou.
Os professores da Rede Estadual de Ensino de Sergipe têm apresentado uma série de reivindicações ao governo estadual, buscando melhorias nas condições de trabalho e a valorização da categoria. Entre os principais pontos de reivindicação estão:
Os professores demandam o descongelamento da GATI (Gratificação de Tempo Integral), do triênio e de gratificações fixas reajustáveis que, segundo o sindicato, estão congeladas há dois anos.
A categoria também reivindica a recuperação do poder aquisitivo do Magistério Público Estadual, considerando as perdas salariais acumuladas entre 2012 e 2024. Os professores apontam que a inflação e o aumento do custo de vida não foram acompanhados por reajustes salariais adequados, resultando em uma perda do poder de compra.
Outra demanda é a melhoria das condições de trabalho e das estruturas físicas das escolas. Os professores ressaltam a necessidade de ambientes adequados e bem equipados para garantir uma educação de qualidade e a segurança de alunos e profissionais da educação.
Os professores também pedem o retorno dos auxílios internet e tecnológico, que consideram fundamentais para a realização de atividades pedagógicas, especialmente em um contexto onde os ensinos híbrido e remoto se tornaram comuns.
A convocação de um novo concurso público para a Rede Estadual de Ensino é outra reivindicação da categoria. O objetivo é suprir a carência de profissionais e garantir que todas as escolas tenham professores suficientes para atender à demanda de alunos.
Nas redes sociais, o professor Roberto Silva informou que o Sintese foi notificado sobre a indelegabilidade da paralisação. Em resposta, o sindicato convocou uma assembleia para deliberar sobre o futuro da mobilização.
Posição do Governo
De acordo com declaração do secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral, o Governo de Sergipe reforça o compromisso com os servidores do magistério, mantendo o diálogo aberto, transparente e respeitoso com a categoria.
“O que foi acordado entre o Governo e o Sintese está rigorosamente cumprido. Foi de grande importância a construção e consolidação desse diálogo desde 2023 que resultou nos avanços para os profissionais do magistério. Foram amplas reuniões, ouvimos atentamente as demandas, apresentamos cálculos e a Seduc sempre esteve de portas abertas para receber a categoria", afirmou Sobral.
"A reestruturação da carreira foi uma vitória construída com muito diálogo e com decisões pensadas no coletivo. Sergipe já paga acima do piso nacional do magistério, com respeito aos limites da administração pública para que o professor tenha ganhos reais”, completa.





