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Redes sociais transformam relacionamentos reais
As conversas agora costumam preceder o olhar
Cotidiano 23/02/2013 09h00 |


Por Elisângela Valença

Encontrar, olhar no olho, conversar, conversar, conversar. Era assim que os relacionamentos começavam, fosse uma amizade, uma paquera, um namoro. De um passado recente para cá, a ordem é conversar, conversar, conversar, encontrar, olhar no olho. A internet trouxe a possibilidade de fazer e manter contatos e relacionamentos do conforto do lar.

Desde os sites de relacionamentos às redes sociais, passando pelos velhos programas de bate-papo, como mIRC e ICQ, os relacionamentos reais passaram por uma grande transformação. Tudo começa no mundo virtual. “Inicialmente, procuro alguém bacana para conversar. Se a pessoa tem uma conversa boa, isso leva a um futuro encontro”, disse a jornalista Maria* (os nomes de alguns personagens da matéria foram trocados a pedido dos entrevistados).

Segundo ela, o processo é quase o mesmo da vida real. “A diferença é que, na vida real, você já está de frente para a pessoa. Nas redes sociais, o processo pode ser melhor, porque você tem mais como conversar melhor com a pessoa para só depois marcar um encontro”, disse Maria. “Na vida real, você vai primeiro pela beleza, sem mal conversar e só depois você tira um tempo para conhecer melhor a pessoa”, acrescentou.

Renata Sirtoli é jornalista e pesquisadora, está concluindo especialização em Jornalismo Digital. Ela é uma entusiasta das redes sociais. “Eu acho as redes sociais fantásticas. Acredito que elas ajudem na hora de fazer novos amigos e até mesmo contatos profissionais. Na rede é possível fazer novos laços que podem passar a ter na vida offline”, disse.

Uma vantagem apontada por Renata é a conjunção de pessoas e interesses. “As redes sociais dão a possibilidade de ter, no mesmo lugar (na timeline), pessoas que conviveram com você em momentos completamente distintos da vida, seja na faculdade, na escola, no trabalho; pessoas de lugares completamente diferentes e que possuem conhecimentos e gostos dos mais variados”, explica.

Para ela, a internet mudou, sim, o comportamento das pessoas. “As relações interpessoais se tornaram relativas e a distância deixou de ser um problema. É mais encontrar seus amigos, manter contato. O uso das redes causou uma combinação entre praticidade, entretenimento, informação e recursos multimídia”, afirma.

O designer gráfico e jornalista Eduardo Lins viveu e vive vários destes aspectos pontuados por Renata e Maria. Ele teve um relacionamento de 2 anos e meio que começou e se manteve em parte pela internet. “Nós nos conhecemos em um site de relacionamentos. Morávamos em cidades diferentes e passamos um tempo no contato virtual até chegar ao contato real”, contou.

“Moramos juntos por um tempo, até que ele foi morar em país por conta do trabalho. Até eu ir para lá, a internet foi o único meio de comunicação. Essas coisas ajudam a manter as relações”, disse Eduardo.

Hoje, Eduardo está em outro relacionamento. Eles se conheceram da maneira tradicional, por assim dizer, numa festa, e afirma que um método não invalida o outro. “A forma de conhecer as pessoas não define nada. O que define é tudo que vem depois, as diferenças, o respeito, o aprendizado, a vontade de ficar junto”, afirmou.

“A internet, como em várias situações na vida, trouxe coisas boas e ruins para os relacionamentos. Acho que ela deu a possibilidade de conhecer muito mais pessoas que podem ser interessantes, que podem ter algo em comum. Ela deu mais chances das pessoas se comunicarem. Mas, no lado negativo, acho que também bagunçou mais os limites entre casualidade e compromisso nessas relações”, observou Eduardo.

E é preciso tomar cuidado na internet. “Muitos conteúdos ficam guardados nas redes sociais. São informações a respeito da sua vida, do seu trabalho, dos lugares que você frequenta. É preciso ter cautela. É recomendável ter bom senso ao usar as redes sociais, mantendo, na internet, a mesma postura que se adota no seu dia a dia. É legal proteger as principais informações e existem mecanismos nas próprias redes para isso”, disse Renata.

Imagem: www.raddar.com.br

Foto: arquivo pessoal

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