Sem salário, garis de Aracaju denunciam condições precárias e fazem protesto
Trabalhadores denunciam atraso no pagamento após fim do contrato com a Torre e relatam jornadas exaustivas Cotidiano | Por F5 News 14/03/2025 16h16 - Atualizado em 14/03/2025 16h42 |Os trabalhadores da coleta de lixo de Aracaju denunciam que estão sem receber salários desde o fim do contrato da Torre Empreendimentos com a Prefeitura, por falta do repasse da administração municipal, gerida atualmente pela prefeita Emília Corrêa (PL).
Segundo um motorista que preferiu não se identificar, a situação tem gerado dificuldades para centenas de famílias, levando os trabalhadores a organizarem uma manifestação nesta sexta-feira (14), em frente à sede da administração municipal.
Com a mudança de empresa responsável pelo serviço – agora feito pela Renova Serviços de Coleta Especializados LTDA –, muitos garis e motoristas ficaram sem pagamento. "A Torre não pagou e a gente tá aqui sem saber o que fazer. Mais de 700 famílias desempregadas passando necessidade", afirmou o trabalhador.
Além do atraso salarial, os trabalhadores denunciam que não foram devidamente informados sobre as novas condições de trabalho na Renova. "A gente assinou um documento sem saber do que se trata. Não sabemos o valor do salário, não temos nenhuma clareza sobre os nossos direitos", relatou.
Outro ponto é a precariedade das condições de trabalho. Segundo o entrevistado, há relatos de jornadas exaustivas de até 16 horas diárias, falta de banheiros adequados e instalações insalubres. Ele afirma que o descanso é no meio da rua. "Tá uma bagunça. Não tem banheiro, não tem acomodação, a gente trabalha sem saber a hora que vai parar", afirma.
Os trabalhadores dizem que tentaram buscar apoio do sindicato, mas não tiveram retorno. "O sindicato não tá por nós. Procuramos contato com a Prefeitura, mas ninguém nos atendeu", diz.
O F5 News entrou em contato com a Prefeitura de Aracaju, Torre e a Renova, mas ainda não se manifestaram sobre o caso. O espaço segue à disposição.





