Sergipanos abrem mão de tudo por amor ao evangelho | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipanos abrem mão de tudo por amor ao evangelho
Missões na África mesclam pregação à responsabilidade social
Cotidiano 02/02/2013 15h00 |


Por Fernanda Araujo

Você já pensou em desistir do aconchego do seu lar, da comida da mãe ou da companhia da família, para adotar outra cultura em favor da pregação do evangelho? Esses são os jovens radicais que dia após dia dedicam a vida por amor a Jesus Cristo, abraçando a obra missionária.

Membros da Primeira Igreja Batista participam este ano do Projeto Radical África, apresentado recentemente em Aracaju na 93º Assembleia da Convenção Batista Brasileira e desenvolvido pela Junta de Missões Mundiais desde 2003, com o objetivo inicial de preparar jovens para o campo de missões em países carentes. São quatro coordenadores e dez jovens de vários estados brasileiros, incluindo a sergipana Mirelli Montes (foto abaixo), de 27 anos.

Criada no âmbito evangélico, Mirelli se prepara, pela primeira vez, para ir à República do Senegal, país da África Ocidental, no início do mês de junho próximo. Depois da fase do acompanhamento psicológico, do curso de missiologia e do treinamento no Rio de Janeiro, entre aprendeu sobre a cultura do país, como se portar, o que usar e até o dialeto da comunidade, chegou a hora de aprontar a mala.

“A gente aprendeu a cultura do povo onde iremos fazer missões e a trabalhar em equipe. Vamos ter a oportunidade de levar a paz de Jesus que liberta, além de ajudar de alguma forma com ações sociais”, relata.

Em quatro anos de participação do projeto, os jovens irão para o Senegal e depois seguirão para outro país que ainda deverá ser escolhido. Todo o projeto é mantido com ofertas e dízimos dos fiéis da igreja. Para a mãe de Mirelli, Marília Montes (foto abaixo), a participação da filha é motivo de orgulho, mas també

m de tristeza pela distância. “Eu não gosto de falar disso porque eu me emociono, é muito complicado para nós, mães; a gente sente uma falta muito grande. De início nos sentimos só e como se fosse abandono, mesmo a nossa consciência sabendo qual é o objetivo”, afirma.

Bastante emocionada, dona Marília conta da presença da filha na Jocum em Curitiba, uma Missão Internacional e Interdenominacional empenhada na mobilização de jovens de todas as nações para a obra missionária, da qual participou durante seis meses. “Eu até falei que se ela quisesse desistir eu compraria um carro, a colocaria na auto-escola. Mas ela abriu mão de tudo”, revela.

Missões e ações sociais

Além da perspectiva de pregação do evangelho, a proposta envolve também ação social. A sergipana e pastora Marta Nogueira Lima (foto abaixo), de 45 anos, realizou missões e projetos sociais por oito anos na África, passando por Moçambique e por três anos em São Tomé e Príncipe, arquipélago distante do continente africano a aproximadamente 1.500 km mar adentro.

“Criamos um projeto de assistência à saúde, formamos um seminário batista, construímos ambulatórios que atendiam mais de 50 pessoas por dia. Dentre vários projetos, criamos o Mãos da Vitória que atendia mais de 400 crianças. Fomos com uma tenda para o interior da África em que vimos centenas de pessoas se converterem de uma só vez, enfrentamos perigo de minas terrestres, de animais selvagens, mas vimos Deus fazendo grandes coisas e trazendo esperança para o povo africano”, relata.

Juntamente com seu esposo e filho, ela retornou para o Brasil em 2005, após terem sofrido sérios problemas intestinais e contraído a malária, doença infecciosa ainda persistente no continente e em São Tomé e Príncipe. “Meu marido teve problemas intestinais e eu peguei mais de dez malárias, na primeira vez eu quase faleci porque fiquei em coma. Meu filho pegou também três malárias, na primeira delas a médica mandou voltar do hospital porque não tinha medicamento. Enterramos colegas brasileiros que deram a vida por amor ao evangelho e nós choramos com outros missionários que também perderam filhos com malária. Vivemos momentos de dor e de sofrimento, mas também gloriosos porque o nome do Senhor foi glorificado”.

Apesar da difícil adaptação, a missionária conta também sobre o choque cultural de um povo que não tem luz elétrica e muito menos telefone, mas que para chegar até eles era preciso abraçar a cultura sem abandonar a própria. “Abraçamos os ritmos musicais, traduzíamos os corinhos evangélicos e cantávamos nos dialetos deles, usávamos os instrumentos, as roupas e comíamos as suas comidas”.

Em uma das experiências mais marcantes, Marta se lembra de um jovem que tomado por ‘espíritos malignos’ e temido pela comunidade local, se embriagava, destruía a própria casa e roubava as pessoas. Hoje liberto através da oração, conseguiu emprego e devolveu tudo o que tinha roubado. “Foi uma manifestação viva da glória transformadora de Deus. Através dele as pessoas começaram a chegar e a igreja em São Tomé começou a crescer”.

Conheça mais sobre a Junta de Missões Mundiais pelo site www.jmm.org.br.

Fotos: John Santanna e Fernanda Araujo

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