O filme Ainda Estou Aqui, que conquistou três indicações ao Oscar 2025, está gerando grande expectativa entre os sergipanos. Aclamado pela crítica, o longa tem se destacado nas premiações, sendo elogiado por sua narrativa sensível e impactante. Considerado o prêmio mais importante do cinema mundial, a cerimônia de premiação acontece neste domingo (2), às 21h.

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Com um elenco estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, o drama, baseado em fatos reais, narra a trajetória de Eunice Paiva. A obra conta a história de Rubens Paiva, um político sequestrado e assassinado pela ditadura militar brasileira em 1971, e como sua esposa, Eunice, interpretada por Fernanda Torres, enfrenta a dor da perda, luta para proteger seus filhos e busca incansavelmente a verdade sobre o destino de seu marido.

A estudante de 19 anos, Letícia Maciel falou sobre o impacto do filme. “Sem dúvidas, o que mais me marcou no filme foi a coragem de escancarar as covardias que ocorreram durante a ditadura. Que sirva de alerta para que nunca mais um cenário tão deprimente aconteça no Brasil. A cena mais emocionante, sem dúvidas, foi a cena da sorveteria, onde mostra de forma silenciosa, mas escancarada, o luto. O luto é isso: ver a vida das pessoas à sua volta seguindo enquanto você está parado na dor. Que tanto a Fernanda, quanto o filme, levem algum prêmio para casa, mas, caso não aconteça, não há problemas. O alcance do filme e a divulgação dos horrores feitos na ditadura já são suficientes”, destaca.

Já Marina de Sena, estudante de 22 anos e apaixonada pela literatura brasileira, eventualmente sua experiência com o filme. Ela já conhecia o livro que produziu o longa, escrito por Rubens Paiva, filho de Eunice Paiva, e se sentiu ainda mais conectado com a história ao assistir à adaptação cinematográfica. 

"Eu sempre fui um amante muito grande da literatura brasileira, e antes do filme ser lançado, eu já conhecia o livro. Então, fui assistir com uma expectativa alta. Fiquei surpreso, porque o filme superou todas as minhas expectativas. A produção foi extremamente cuidadosa e respeitosa ao tratar sobre todos os assuntos, principalmente a ditadura militar, que continua sendo um tema atual. O Brasil viveu momentos tensos recentemente, e o filme traz à tona o que muitos ainda não sabem falar, o que torna essa ainda mais relevante", contou Marina.

Ela também destacou o cuidado técnico e artístico da produção, mencionando a fotografia como um dos pontos altos do filme: “Eu sou estudante de fotografia, e percebi o quanto a produção se dedicou para que cada detalhe fosse cuidadosamente pensado. lembrança para as futuras gerações. Estudar sobre a ditadura é uma coisa, mas ver algo tão respeitoso retratando a realidade daquele período é outra", afirmou.

Marina também ressaltou a relevância do filme para os jovens de hoje, que poderão conhecer mais sobre a ditadura através de uma narrativa acessível e respeitosa: "É uma obra atemporal. Acredito que ele é um forte candidato ao Oscar, e realmente merece ganhar em pelo menos uma das categorias. A fotografia, a direção e as atuações são impecáveis, e o cuidado com a produção é visível em cada cena. Fico torcendo para que o filme seja reconhecido, porque ele realmente merece", disse.

 

 

 

 

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