Por Fernanda Araujo

Sintese investiga se há pessoas sem formação ensinando na rede pública

Após as acusações feitas no dia de ontem (19) por alunos da escola estadual João Arlindo de Jesus no município de Nossa Senhora do Socorro (SE), bairro Taiçoca, que um vigilante e uma aluna do 9º ano estariam lecionando, por conta da falta de professores em sala de aula, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Sergipe (Sintese) afirma que a denúncia se estende a outra escola do bairro Costa e Silva, na capital.

“O que foi colocado ao sindicato por alunos e pelos professores concursados é que não é só em Socorro, mas também em uma escola no Costa e Silva”, diz a diretora Lúcia Barroso. Segundo ela, ainda não há confirmação, mas o sindicato vai apurar e levar o caso ao Ministério Público. “Como ontem tivemos a paralisação do estado não tivemos tempo para averiguar. Temos as denúncias que em várias escolas há a falta do profissional. Já marcamos uma audiência no dia 3 de outubro sobre isso”, afirma.

Se a denúncia for confirmada, Lúcia acredita que tanto os responsáveis, como o vigilante, poderão ser punidos por desvio de função. “Gostaríamos de saber se foi o diretor quem empregou sem informar à Secretaria ou se esta tinha conhecimento. Para uma pessoa que não é professor assumir uma sala de aula, eu acho que a culpa não seja só do diretor. Porque quem emprega não é o diretor, passa pela secretaria e pela Seplag. Vamos também solicitar uma audiência com o secretário de educação para tratar dos problemas de nomeação de professores”, explica.

Lembre

À imprensa, a diretora da escola em Socorro negou as acusações, mas confirmou a carência de professores. Já a Secretaria de Estado da Educação (Seed) também negou e informou que foram convocados, do início do segundo semestre até hoje, 867 professores, sendo que destes, 270 já estão trabalhando. Sobre a escola João Arlindo de Jesus, o problema da falta de professores poderá ser resolvido até o início de outubro.