Por Adriana Meneses

Sintracon/SE pode ajuizar ação contra a Norcon

Após o acidente no canteiro de obras da Construtora Norcon localizado no bairro Jabotiana, onde o jovem ajudante de pedreiro, Rodolfo dos Santos, 19 anos, morreu ao ser esmagado por uma placa de concreto, no último dia 24, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Sergipe (Sintracon), representado por Raimundo Luiz, presidente da instituição, deverá entrar com uma ação judicial contra a empresa.

O motivo da ação judicial, segundo Raimundo Luiz, seria o desvio de função que a vítima estava exercendo no canteiro de obras. Rodolfo teria sido contratado como ajudante de pedreiro, mas desempenhava as funções de pedreiro. “Ainda vamos entrar em contato com o nosso setor jurídico para saber como devemos proceder nesse caso. Em um tempo mais breve possível teremos uma resposta”, disse.

Outra questão que será debatida entre o sindicato e o seu setor jurídico para uma possível ação contra a Norcon está relacionada ao tratamento dado por um engenheiro da construtora aos representantes do sindicato no dia em que aconteceu a morte do ajudante de pedreiro. Segundo Raimundo Luiz, ao chegar com sua equipe no canteiro de obras para verificar o estado de saúde de Rodolfo, o engenheiro da Norcon não o deixou entrar no local do acidente, acontecendo o mesmo no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). “O engenheiro foi muito grosso e mal educado. Eu, como representante de um sindicato, não podia jamais ter a minha entrada em uma obra impedida. Vamos buscar os nossos direitos”, afirmou.

F5News entrou em contato com a assessoria de comunicação da Norcon para obter esclarecimentos sobre as acusações do Sintracon e recebeu da construtora as seguintes alegações:

"A empresa lamenta o ocorrido e, por seguir todas as normas técnicas e de segurança do trabalho, esclarece que o colaborador utilizava todos os equipamentos de proteção no momento.

A construtora prestou toda assistência médica necessária e ampara a família. Além disso, informa que cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações trabalhistas e não foi notificada oficialmente por nenhuma entidade.

Quanto à entrada do representante do Sintracon no local do acidente, os membros do Sindicato tiveram, sim, a entrada liberada na obra, mas se opuseram a entrar pois queriam levar pessoas não autorizadas e que não eram membros do sindicato.