Três perguntas para o produtor cultural Jorge Lins
Ele é diretor do Raízes, o mais antigo grupo de teatro de Sergipe em atividade Cotidiano | Por F5 News 19/09/2023 19h30 |Nesta terça-feira, 19 de setembro, é celebrado o Dia Mundial do Teatro, uma data dedicada a honrar uma das formas mais antigas - e poderosas - de expressão artística que a humanidade já conheceu.
O teatro tem uma história rica e diversificada que remonta a séculos atrás. Desde os antigos gregos até as produções contemporâneas, essa forma de arte tem sido uma voz para contar histórias, expressar emoções, provocar reflexões e inspirar mudanças.
O Dia Mundial do Teatro foi estabelecido em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), uma organização fundada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A data, 27 de março, foi escolhida para homenagear dois grandes dramaturgos: William Shakespeare, nascido em 1564, e Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière, nascido em 1622. Ambos contribuíram imensamente para o mundo do teatro e suas obras continuam a inspirar artistas e audiências em todo o mundo.
Para rememorar e celebrar a data, o F5 News conversou com o produtor cultural aracajuano Jorge Lins. Ele é diretor do Grupo Raízes, o mais antigo grupo de teatro em atividade de Sergipe, com 48 anos de existência e mais de 100 montagens.
As atividades culturais de Jorge Lins também têm o objetivo de formar novos artistas cênicos, sendo ele o coordenador geral das Oficinas do Ator. Confira a entrevista:
F5 News - Quais desafios únicos os profissionais do teatro enfrentam em Sergipe, em comparação com outras regiões do Brasil?
Jorge Lins - Acho que Sergipe faz parte de um grupo de estados que não carregam a tradição do teatro e a valorização da sua cultura como genética mesmo.
Temos capacidade, competência, público ávido. Falta um elemento que possa unir tudo isso para que nosso artista seja valorizado. Vem do âmago mesmo, da falta de Sergipanidade, de amar nossos valores
F5 News - Qual é a sua opinião sobre a relação entre os artistas do teatro e as instituições de apoio cultural em Sergipe?
Jorge - Acho que essa relação Artista x agentes culturais e organismos públicos é meio quebrada mesmo em todo canto. Precisamos de mais união entre todos que fazem e produzem cultura para que possamos trabalhar cada vez mais o público. Não acredito em arte sem público.
F5 News - Como você vê o futuro do teatro em Sergipe e quais mudanças gostaria de observar na comunidade teatral local?
Jorge - Eu tenho uma visão otimista, acho que temos boas companhias no estado. Precisamos elaborar um calendário para o ano inteiro e criar possibilidades de fomento e patrocínio





