Comércio de Aracaju terá dificuldades para contratar empregados extras | F5 News - Sergipe Atualizado

Comércio de Aracaju terá dificuldades para contratar empregados extras
Nove em cada dez empresários não farão contratação no país, diz SPC
Economia 02/10/2015 13h00 |


Por Fernanda Araujo

A caça por trabalhadores tende a aumentar assim que as festas de final de ano se aproximam, mas para 2015 não há boas expectativas. Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) detectou que nove em cada dez empresários não pretendem contratar funcionários extras neste fim de ano em todo o Brasil. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) acredita que, com as vendas mais baixas devido à crise econômica, os empresários não querem abrir vagas adicionais - apenas 7% anteciparam que ainda irão contratar.

Dos entrevistados, 49% alegam que estão satisfeitos com a equipe e que ela consegue atender o volume de clientes; outros 11% afirmam estar inseguros devido a um histórico de vendas retraídas esse ano, inclusive em datas comemorativas. Por causa dessa retração, os empresários colocaram o pé no freio. Mas para cada região isso pode variar, segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Aracaju, Brenno Barreto.

Na capital sergipana, principalmente, as lojas do centro comercial e dos shoppings sempre contratam temporários no final do ano, época em que os lojistas vendem mais e geralmente precisam reforçar estoque e quadro de funcionários. “Mas não podemos antecipar, agora, o quanto vai ser contratado. Por conta das mudanças do mercado nesses 90 dias, e informações negativas recentes como o aumento da alíquota do ICMS que dificulta a venda no comércio, não temos como mensurar”, afirma Brenno Barreto.

O empresário crê que haverá contratações para a capital, mas não sabe se haverá vagas em número igual ou maior do que no ano passado. O Sindicato dos Lojistas do Estado de Sergipe (Sindilojas) estima que no final do ano de 2014 o quadro de funcionários cresceu em até 10%. “As lojas informam 5%, 10% a mais de funcionários. Não há um número oficial, as lojas só divulgam o número de contratações e não informa se é temporário ou não”, afirma o presidente Gilson Figueiredo.

Alternativa

O clima entre os empresários sergipanos é pessimista. Para a CDL, o comércio é criativo e deve tentar criar maneiras de atrair o consumidor e driblar a crise. “Uma maneira é postergar a contratação temporária. Ao invés de contratar em outubro – para 90 dias, que geralmente é o prazo –, contrate para 60 dias, em novembro, se houver aquecimento nas vendas. Se não houver aquecimento – que a gente está aguardando para novembro e assim por diante – aí espera findar os 30 dias, o período de dezembro que aí não tem como não contratar”, relata o presidente.

Pessimismo nacional

O SPC Brasil e a CNDL estimam que apenas 24.427 vagas temporárias serão criadas no final de 2015. Na pesquisa, quatro em cada dez empresários informaram que esperam vendas piores. Considerando o faturamento dos últimos três meses terminados em agosto, praticamente a metade (48%) afirma que os resultados ficaram abaixo do esperado. Para 45%, os resultados das vendas em 2015 serão piores que no ano passado. Apenas 27% dos entrevistados pretendem investir para o Natal, contra 71% que não o farão.

Foto: arquivo F5 News

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