Produção agrícola de Sergipe cresce 21,3% e chega a R$ 2,9 bilhões em 2024
Laranja se destaca com aumento de 94% no valor de produção; milho segue líder no estado Economia | Por F5 News 11/09/2025 15h49 |A produção agrícola de Sergipe registrou um avanço expressivo em 2024, com alta de 21,32% no valor de produção em comparação a 2023, passando de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,9 bilhões. Os dados fazem parte da Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE.
O resultado estadual contrasta com o desempenho nacional, que teve retração de 3,9% no valor das principais culturas no mesmo período, influenciado por adversidades climáticas e queda nos preços de grãos como milho e soja.
Em Sergipe, o milho manteve a liderança como produto de maior valor de produção, passando de R$ 1,02 bilhão para R$ 1,06 bilhão, cultivado em 68 dos 75 municípios. Os destaques foram Carira, Simão Dias e Poço Verde.
A laranja foi o grande destaque em 2024, com um salto de R$ 368,7 milhões para R$ 718,6 milhões – alta de 94,92%. Os principais produtores foram Cristinápolis, Salgado e Lagarto.
Na sequência, a cana-de-açúcar apresentou crescimento de 22%, alcançando R$ 309 milhões, com liderança de Laranjeiras, Capela e Japaratuba. Já o coco-da-baía subiu duas posições no ranking e fechou 2024 como a quarta cultura mais importante, avançando de R$ 124,6 milhões para R$ 175,1 milhões, crescimento de 40,59%, puxado por Neópolis, Estância e Pacatuba.
Cenário nacional
No país, o fenômeno El Niño provocou estiagens prolongadas em regiões como Centro-Norte, Sudeste e Paraná, prejudicando a produtividade de culturas de verão. A soja e o milho, que juntos representam quase 89% da produção de grãos, registraram queda de 5,0% e 12,9% na produção, respectivamente.
A Região Sudeste assumiu a liderança no valor de produção agrícola, alcançando R$ 230,2 bilhões, crescimento de 9,5%, superando o Centro-Oeste, que vinha na primeira posição. O destaque regional foi a alta na cana-de-açúcar, café e laranja.
No ranking dos estados, Mato Grosso manteve a liderança, apesar da retração de 21,3% no valor total devido à queda na soja e no milho, com participação de 15,4% no cenário nacional. São Paulo se aproximou na segunda posição, impulsionado pelo café e laranja. Já o Rio Grande do Sul subiu para a 4ª colocação, enquanto o Paraná caiu para 5º lugar, após fortes perdas na safra de grãos.





