O motorista sergipano não deverá sentir no bolso a queda do preço da gasolina que começou a valer nesta quarta-feira (25). Isso porque, apesar da nova redução de 15% feita pela Petrobras, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese), os estoques dos postos de combustíveis em todo o estado estão cheios em função da baixa demanda em meio a medidas de isolamento social para evitar a proliferação do novo coronavírus.

Com a redução anunciada pela Petrobras, o preço médio da gasolina nas refinarias passou a ser de R$ 1,14 por litro. Esse é o menor preço cobrado pela companhia desde 31 de outubro de 2011. A estatal chegou a dizer esperar uma redução do preço final cobrado ao consumidor em “curto prazo”, mas, na prática, donos de postos acreditam que a movimentação dos preços, se ocorrer, será lenta. 

“As reduções acontecerão de forma gradativa e, provavelmente, algum elo dessa cadeia possa entender que essa redução poderá ser absorvida, em virtude da queda acentuada das vendas, já que os custos operacionais são os mesmos dos meses anteriores, não havendo até o momento demissões de funcionários, mas é observado um novo cenário diante de quedas superiores a 50% nas vendas”, informou o Sindpese em nota divulgada nesta quinta-feira (26). 

No documento, o Sindicato não descarta a possibilidade de que a redução não seja repassada ao consumidor “para minimizar os prejuízos causados desde o início da crise do Coronavírus”. O Sindpese também ressalta que os preços são livres, baseados nos estoque e estruturas de custo de cada revendedor.

O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor final também depende de fatores como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

No caso do preço do diesel, a petroleira não realizou ajuste nesta quarta-feira. Mas o combustível fóssil vendido pela companhia acumula recuo de aproximadamente 30% neste ano até o momento.