Reajuste no combustível surpreende e divide opinião de sergipanos
Economia 30/09/2015 16h19 |Por Aline Aragão e Ana Rollemberg
Na manhã desta quarta-feira (30), os motoristas que foram aos postos de combustíveis na Grande Aracaju ficaram surpresos com o aumento imprevisto no preço da gasolina.
Os consumidores já sentem o bolso mais pesado com a diferença no valor, que vem aumentando há meses, e também em virtude de mais um acréscimo no custo de vida da população em tempo de crise, visto que os combustíveis balizam o mercado e a economia como um todo.
Por meio de nota, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese), Mozart Oliveira, informa que os empresários não esperavam o reajuste nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias, anunciado nesta terça-feira (29) pela Petrobras. O aumento para a gasolina foi de 6% e do diesel, de 4%.
“Até chegar ao preço final nas bombas de combustíveis sofrerá obrigatoriamente um percentual variável, mais do que o anunciado pelo governo.O impacto com a crise atual em que o país se encontra é grande , e os empresários do setor da revenda , assim como o povo brasileiro, esperam o retorno da normalidade", afirma o presidente.
A recomposição de preços é uma estratégia da companhia para recuperar sua situação financeira e permitir que possa manter os investimentos previstos. “Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS”, explicou a estatal.
O administrador de empresas José Wagner Oliveira acredita que o novo reajuste vai provocar mudanças de hábito do consumidor e aumentar a concorrência entre os distribuidores. “O consumidor é sempre reativo ao aumento do preço, o que pode acontecer agora é aumentar ainda mais a demanda do etanol. O mercado (de combustíveis) já está caindo, é possível que se retraia um pouco mais. (Com o reajuste) devemos observar um aumento da competitividade do etanol, principalmente nos Estados onde a paridade (entre os dois combustíveis) ajuda”, analisa.
O universitário Itallo Emanuel critica os aumentos consecutivos. “Somos um país autossuficiente em petróleo, entretanto, o preço do combustível está um absurdo”, opina.
O jornalista Thiago Noronha acredita que não sentirá um impacto considerável no orçamento porque utiliza motocicleta como meio de transporte, mas considera a medida equivocada porque trará mais prejuízos aos contribuintes. “Mais da metade do valor que pagamos no combustível hoje são impostos e taxas, fora os preços tabelados e outras práticas de mercado. Como cidadão, acho que este é o caminho errado. Primeiro, porque vamos chegar ao ponto de quem tem automóvel próprio não poder circular pela falta de dinheiro para sustentá-lo. Segundo, porque o transporte público é deficitário e não justifica, por exemplo, uma alteração na rotina n'outro sentido”, observa.
*Colaborou Will Rodrigues
Foto: Fernanda Araujo/Arquivo F5 News


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