Por Will Rodrigues

Setor de serviços alavanca mercado de trabalho sergipano em agosto

O setor de serviços impulsionou uma leve recuperação do mercado de trabalho sergipano no mês de agosto. Ao todo foram mais 1.225 contratações nessa área, o que contribuiu para o saldo positivo de criação de postos de trabalho em relação ao mês anterior. No oitavo mês de 2015, Sergipe registrou 9.309 contratações e 8.587 demissões e fechou um mês com saldo de 722 novas postos de trabalho, o que representa que houve um aumento tímido de 0,24% no número de vagas comparado a julho quando o estado perdeu 1.082 trabalhadores com carteira assinada.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (25), além do setor de serviços, tiveram um saldo positivo de contratações a pecuária (+77), os serviços industriais de utilidade pública (+37) e a administração pública (+5). Já para outros quatro setores a situação não é nada agradável. O comércio perdeu 208 postos de trabalho, a construção civil 169, o extrativismo mineral 20 e a indústria de transformação 225.

O resultado, no entanto, foi o pior para os meses de agosto nos últimos 10 anos. A última vez que Sergipe registrou um saldo tão baixo de contratações no mês de agosto foi em 2003, quando foram criadas apenas 272 vagas.

No acumulado deste ano, o Caged aponta que houve uma redução de 2,08% no saldo de contratações e demissões, ou seja, 6.393 pessoas ficaram desempregadas nos oito primeiros meses de 2015. Já com relação aos últimos 12 meses, houve retração de 0,09%, o que representa que foram menos 271 postos de trabalho criados em todo o estado.

Brasil

No saldo geral do país, pelo quinto mês consecutivo, houve queda no nível de emprego formal celetista. No mês de agosto, observou-se redução de 86.543 postos de trabalho, ou o correspondente a uma variação negativa de 0,21%, em comparação ao estoque anterior.

A coordenadora geral substituta de Estatística do ministério, Maria das Graças Parente, destacou, porém, que o indicativo foi de desaceleração do ritmo de queda do emprego ante julho, quando foram perdidas 157 mil vagas.

No acumulado do ano, foram desativados 572.792 postos de trabalho, o que equivale a -1,39%, enquanto nos últimos 12 meses, foram perdidos 985.669 postos, ou -2,37%. Considerando a série histórica iniciada em 1992, esse foi o pior resultado para o mês desde 1995, indicou a coordenadora.

*Com informações da Agência Brasil