Setor industrial em Sergipe terá desafios em 2016, dizem economistas | F5 News - Sergipe Atualizado

Setor industrial em Sergipe terá desafios em 2016, dizem economistas
Empresários devem controlar custos e filtrar informações para decisões
Economia 18/12/2015 13h50 |


Por Fernanda Araujo

Os caminhos para o melhor desempenho do setor industrial em Sergipe, em 2016, serão desafiadores. O cenário ainda é de incerteza: a instabilidade política e econômica e o aumento da carga tributária estadual e federal são alguns dos fatores que têm gerado redução na produção e, consequentemente, baixa geração de emprego. Para o PIB, deste ano, espera-se queda de mais de 3%, para 2016 entre 2,6% e 2,8%. Já as variáveis, como a inflação, estão com previsão de alta para o próximo ano, segundo economistas.

No Dia do Empresário da Indústria de Sergipe, que acontece esta sexta-feira (18) na Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), empresários do ramo aprendem, por exemplo, como melhorar o desempenho tributário na empresa. Para a retomada de crescimento em 2016, o economista e superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SE), Rodrigo Rocha, avalia que as empresas devem controlar os custos.

“Hoje, a carga tributária do país é muito pesada, tem que haver controle alinhado à redução de custos, que o Senai pode encontrar soluções na linha de produção, e melhoria na gestão que o IEL pode oferecer. Essas soluções vão fazer com que elas se mantenham crescendo mesmo em momentos difíceis e continuem competitivas”, afirma.

Apesar de ser um ano difícil, o economista espera pela retomada da economia em 2017 e melhora no cenário ainda no próximo ano, bem como mais admissões. “Nós ainda tivemos um saldo positivo de empregos no setor no estado, mas bem menor que os anos anteriores”, diz. Cinco novas indústrias devem se instalar em Sergipe, em Nossa Senhora do Socorro e Estância, com geração de 70 novos postos de trabalho. A FIES assegura que continuará buscando políticas de incentivo para estimular o crescimento e desenvolvimento empresarial, além de lutar pela redução da carga tributária.

Alguns empresários, como Valdimer de Oliveira Ramos, do setor de petróleo e gás, planejam investir em ações de marketing e preparar a empresa com novas tecnologias para não cair com a crise. “Estamos desenvolvendo agora um dessalinizador de água do mar em que o diferencial dos existentes é que nós, literalmente, tiramos o sal e sem perda do fluido da água. Procuro sempre inovação, só com isso podemos avançar”, acredita.

J

á Edson Brabec Barreto, empresário do ramo de metalurgia, as perspectivas para o próximo ano são as piores. “Enquanto tiver tanto ladrão no sistema político para a gente trabalhar para manter eles não vai ter diferença, vai ser pior. Se houver uma mudança trágica nesse sistema corrupto pode ser que haja melhora. Mas não visualizo crescimento”, lamenta.

O que fazer?

O professor de economia Fábio Rodrigues de Moura orienta que o empresário precisa adquirir informações e montar estratégias para tomada de decisões, sabendo o quanto a crise impacta na empresa.

As informações precisam ser relevantes e é vantajoso filtrá-las transformando-as em um indicador que pode auxiliar a empresa a fazer previsões, simulações de cenários, tentar prever o fluxo de caixa e da lucratividade. Estamos numa situação complicada para todos os setores, a indústria em especial. É preciso ter uma noção de como a economia vai se comportar tanto do estado, do país e mundial, caso seja exportador. Seria ótimo para o empresário poder prever como estará a economia daqui há três meses”, explica Rodrigues.

“O empresário pode ser um bom gerente, mas se ele não souber onde as informações estão para o que está por vir, a empresa dele pode sofrer e ter uma recessão ainda maior. As previsões para o próximo ano de algumas variáveis são até de piora, mas é importante saber o quanto isso é ruim. Precisa de informação mais clara a respeito”, conclui. 

Fotos: Fernanda Araujo/F5 News

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