Sindicato avalia impacto no fechamento de agências do BB em Sergipe
Economia 23/11/2016 12h51 - Atualizado em 23/11/2016 14h08 |Por Fernanda Araujo
A notícia de reestruturação do Banco do Brasil para redução de gastos, anunciada esta semana, tem gerado críticas por parte dos bancários. Várias agências do país devem ser fechadas; em Sergipe, cinco unidades do BB serão transformadas em postos de atendimento, sendo três na capital e duas no interior sergipano. No estado são 147 funcionários habilitados.
Na avaliação da presidente do Sindicato dos Bancários do Estado (Seeb), Ivânia Pereira, essa foi uma decisão política do governo federal. Para a bancária, o banco não tinha pretensão em fazer redução de gastos. “É uma economia ridícula que o banco vai fazer, o que o banco fez, na realidade, é reduzir estrutura e impor uma proposta de incentivo à aposentadoria”, diz.
Ela aponta que essas medidas vão gerar impacto diretamente aos clientes. Com o incentivo à aposentadoria, por exemplo, o sindicato prevê que o banco não deve abrir novas contratações, reduzindo o quadro de funcionários. Isso será refletido, segundo a presidente, no tempo de espera dos clientes. “Os clientes do banco já reclamavam que não era cumprida a lei dos 15 minutos, que o tempo de espera nas filas era grande. A tendência é aumentar ainda mais”, prevê.
Ivânia acredita que a intenção do governo não é fazer economia e não haveria esta necessidade, já que o BB é um banco estável e a sua rentabilidade está entre as cinco maiores do sistema financeiro nacional, que obtiveram os maiores lucros no último semestre.
“Infelizmente, mais uma vez, as medidas amargas recaem sobre os trabalhadores. Nós já passamos por isso durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, ele fez programas semelhantes e a categoria bancária pagou altos custos, inclusive com a vida de muitos bancários. O BB foi o maior índice de suicídio entre os colegas. Não queremos repetir isso e vamos responsabilizar o presidente da República por qualquer dano causado à saúde desses trabalhadores”, adianta Ivânia Pereira.
As agências apontadas na lista do banco são as 17, 2961 (no bairro Santo Antônio) e 3088 (avenida Desembargador Maynard), na capital. No interior, a da cidade de Itabaiana, a 8080, e Moita Bonita, a 2312.
Segundo o BB, a reestruturação de agências e o plano de aposentadoria incentivada podem gerar uma economia anual de R$ 3,798 bilhões, caso os 18 mil funcionários habilitados optem por deixar o banco em troca de benefícios.
Com as agências transformadas em posto de atendimento, Ivânia relata o que reduz do ponto de vista da estrutura. “Essas agências hoje têm um gerente geral, por exemplo, como posto de atendimento não vai ter essa estrutura de gerente geral, será reduzida, isso quer dizer que determinadas demandas que seriam munidas de gerência geral serão repassadas para outras agências, às quais esses postos estarão ligados. Cria certa dificuldade aos clientes”, avalia a sindicalista.
O Seeb/SE promete agir contra as medidas. Na próxima segunda (28), às 18h, haverá reunião no sindicato com funcionários do BB e, possivelmente, presença do presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe. Amanhã (24), em Salvador, presidentes de sindicato dos bancários da Bahia e Sergipe se reúnem para realizar ações conjuntas. Além disso, o Comando Nacional deve convocar reunião nacional para determinar as ações que os sindicatos realizarão em todo o país.


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