Sindipetro critica novo atraso do projeto Sergipe Águas Profundas da Petrobras | F5 News - Sergipe Atualizado

Protesto
Sindipetro critica novo atraso do projeto Sergipe Águas Profundas da Petrobras
Entidade afirma que lucro bilionário da estatal contrasta com recuos e falta de investimentos em Sergipe e Alagoas
Economia | Por F5 News 25/11/2025 15h58 - Atualizado em 25/11/2025 16h24 |


O Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE) criticou o novo adiamento do projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), anunciado pela Petrobras na última segunda-feira (24). Considerado há anos uma das principais apostas para ampliar a produção de gás no Nordeste, o empreendimento agora só deve avançar depois de 2030, segundo a estatal. A decisão reacendeu o descontentamento entre trabalhadores do setor, que veem o recuo como um golpe nas expectativas de desenvolvimento regional.

O protesto do Sindicato veio acompanhado de críticas ao modelo de gestão da companhia, divulgado no momento em que a Petrobras anunciou um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 23% em relação ao trimestre anterior. Para o Sindipetro, o resultado financeiro expressivo contrasta com o tratamento dado aos trabalhadores e com a falta de investimentos estruturantes em estados produtores como Sergipe.

Em nota, a entidade afirmou que o desempenho bilionário da Petrobras não tem se traduzido em melhorias nas condições de trabalho, de renda e de qualidade de vida da categoria. A direção sindical ressaltou que os petroleiros e petroleiras são responsáveis diretos pelos números alcançados, atuando em plataformas, refinarias, laboratórios e terminais sob jornadas exigentes e condições muitas vezes adversas.

O Sindicato reforçou que, diante da lucratividade crescente e dos investimentos anunciados em novas áreas de produção, a Petrobras tem condições de apresentar um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que considere reajustes compatíveis, valorização de benefícios e medidas efetivas nas áreas de saúde e segurança. Para o Sindipetro, também é urgente a retomada de postos de trabalho eliminados durante processos de reestruturação ocorridos nos últimos anos.

Outra cobrança é a necessidade de fortalecer unidades operacionais nos estados de Sergipe e Alagoas, bem como retomar programas de apoio cultural, esportivo e social, tradicionalmente mantidos pela estatal e fundamentais para comunidades locais. A entidade destacou que a política de distribuição de dividendos não pode avançar às custas do enfraquecimento da força de trabalho.

“Se há recursos para distribuir bilhões em dividendos a acionistas, também deve haver recursos para garantir salários justos, estabilidade e melhores condições para quem constrói esse resultado”, afirmou o Sindicato, classificando como inadmissível que o trabalhador seja reduzido a uma simples engrenagem da geração de lucro.

O Sindipetro AL/SE concluiu afirmando que continuará mobilizado e vigilante, cobrando que a Petrobras retome uma postura alinhada ao seu papel social e reconheça plenamente o valor de seus trabalhadores. Para a entidade, lucro sem valorização humana “é injustiça disfarçada de eficiência”.

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