Após dois anos de suspensão por conta da pandemia de Covid-19, o Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) está de volta. E o primeiro dia de evento, nesta quinta-feira (1º), já movimentou todo o Centro Histórico da Cidade Mãe de Sergipe. 

Na estreia da sua 37ª edição, além de atrações musicais sergipanas, como Alex Sant’anna, Chiko Queiroga e Antônio Rogério e Flow Gonzaga, o evento também reuniu outras diversas manifestações culturais. 

A estudante Polyana Marques, de 21 anos, está visitando o festival pela segunda vez, e chegou cedo para curtir toda a programação. “Eu gostei muito. Vim de dia, visitei as exposições e na parte da noite também vi os shows”, disse ao F5 News. Ela acrescentou que está ansiosa para o show de Alceu Valença, nesta sexta-feira (2).

O artista plástico Gladston Barroso, de 52 anos, que também está na organização do evento, expôs um trabalho pela segunda vez no Fasc. Sua obra retrata a artista Vesta Viana, de quem foi aluno, e que batiza o Salão de Artes onde acontece a exposição artística. “Para mim é um orgulho, porque lá atrás, quando o Fasc começou, eu era um simples admirador, um estudante, e agora estou expondo um trabalho. É uma alegria muito grande”, afirmou ao portal.

O evento também é aprovado por moradores do município. A autônoma Maria Elze dos Santos, de 64 anos, nasceu no povoado Ilha Grande, em São Cristóvão, mas mora no Centro Histórico há mais de 40 anos. Com a casa localizada perto da Praça da Matriz, ela consegue assistir aos shows de um local privilegiado, e conta que gosta muito do Festival, especialmente pela movimentação na cidade proporcionada pelo evento. “Traz muita gente para a cidade, muitas atrações, cantores, e anima a cidade, que já é uma “cidade dormitório’”, avalia. 

Contudo, ela lamenta que o município não seja tão visitado durante o restante do ano, e conta que também está preocupada com o aumento dos casos de covid-19. “Amanhã eu vou botar minha máscara para dar uma olhada nessa folia, porque é muita gente”, acrescenta.

Outro segmento que comemora a volta do Fasc é o comércio. Para Mayra de Oliveira, de 38 anos, que administra uma cafeteria localizada em frente à Praça da Matriz, as expectativas de movimentação são altas. O estabelecimento ainda não existia durante a realização da última edição do evento, em 2019, mas ela conta que desde o início da semana já notou a diferença. “Estamos bem animados, a expectativa é que a gente fature, venda e receba pessoas de lugares diferentes”, afirmou.

Festival de Artes de São Cristóvão

A primeira edição do Fasc ocorreu em 1970 e foi palco de grandes artistas sergipanos e nacionais. O evento foi descontinuado em 2005 e retomado apenas em 2017, revivendo a programação cultural da Cidade Histórica.

Além de atrações musicais, o festival conta com exposições culturais sobre os mais diversos temas. 

Por conta da pandemia de covid-19, o evento estava suspenso há dois anos, e sua última edição foi realizada em 2019.

Este ano, o festival ocorre de 1º a 4 de dezembro. Confira a programação completa.