"Falta de acessibilidade nas informações sobre a pandemia mata", afirma Lucas Aribé
A questão foi debatida durante reunião do partido Cidadania Política 12/03/2021 13h00 |"As barreiras que as pessoas com deficiência estão enfrentando durante a pandemia são enormes. A falta de acessibilidade nas informações oficiais mata, porque exclui o acesso às informações de uma parcela significativa da população, principalmente em Sergipe". A afirmação do comunicólogo e ex-vereador Lucas Aribé evidencia ainda mais as dificuldades que as pessoas com deficiência estão enfrentando neste período de epidemia. Informações oficiais divulgadas em imagens e vídeos sem audiodescrição ou legenda, comunicados, anúncios e orientações sem acessibilidade. "Essa exclusão é uma questão estrutural e ficou ainda mais evidente. Só que durante uma pandemia, a falta de acessibilidade nas informações mata", pontua Aribé.
O relato foi feito durante a primeira reunião do núcleo Acessibilidade 23, do partido Cidadania de Sergipe, realizada virtualmente na noite de quinta-feira (11). A pauta principal foi analisar se as informações divulgadas pelo poder público sobre a Covid-19 possuem os mecanismos de acessibilidade, principalmente audiodescrição, legenda e janela de intérprete da Libras.
O encontro foi liderado por Lucas Aribé, e contou com a presença dos deputados estaduais Kitty Lima, Georgeo Passos, entre outros integrantes, como Larissa Rebouças, doutora em Educação e referência na comunidade surda. "Nesse momento difícil a situação para a pessoa com deficiência é preocupante, e a pessoa surda é a mais prejudicada. Um exemplo simples é a falta de intérpretes de libras nos hospitais, e em outros espaços públicos. Isso é exclusão. O poder público tem condições de tornar as informações acessíveis, como também obrigação, pela Lei Federal 13.146, de 2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência", destaca Larissa.
Para Lucas Aribé, tanto a prefeitura quanto o governo do Estado estão pecando no quesito acessibilidade na comunicação. "A partir da análise de conteúdos divulgados nos canais oficiais da Prefeitura de Aracaju e do Governo de Sergipe, a gente pode constatar a falta de acessibilidade. Isso representa a exclusão de uma parcela significativa da população, que é muitas das vezes do grupo de risco, e que não tem acesso ao conteúdo de comunicados oficiais, informações cruciais", descreve.
Como encaminhamento, o núcleo Acessibilidade 23 irá verificar o funcionamento da Central de Interpretação da Libras - serviço essencial para as pessoas surdas. "Vamos buscar os meios necessários para fazer com que o Governo de Sergipe e a Prefeitura de Aracaju deixem de excluir as pessoas com deficiência no que diz respeito à comunicação", garante Lucas.
Fonte: Assessoria de Imprensa





