Gilmar deixa vereadores indignados ao chamá-los de comparsas | F5 News - Sergipe Atualizado

Gilmar deixa vereadores indignados ao chamá-los de comparsas
Jailton: Emmanuel precisa compreender: o presidente é ele, não Edvaldo
Política 18/08/2011 13h01 |


Por Joedson Telles

O deputado estadual Gilmar Carvalho (PR) gerou um grande mal estar em praticamente toda a bancada do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B), ao referir-se aos parlamentares como comparsas do chefe do executivo municipal de Aracaju, durante o seu programa de rádio, na Ilha FM, na manhã desta quinta-feira, dia 18. “Este termo é usado entre criminosos, bandidos”, protestou o presidente da Câmara Municipal de Aracaju, Emmanuel Nascimento (PT), exigindo respeito ao Poder Legislativo Municipal. Ligado a Gilmar Carvalho, o vereador Jailton Santana (PSC) saiu em defesa do deputado, houve bate boca e a sessão precisou ser interrompida.     

A polêmica foi criada porque na sessão plenária da última quarta-feira, dia 17, o Projeto de Lei n° 30/2010, de autoria do vereador Jailton Santana, que prevê a regulamentação da publicidade nos táxis de Aracaju, foi vetado pela bancada do prefeito a pedido do próprio Edvaldo Nogueira, com exceções de Robson Viana (PT) e Emanuel Messias (PRB) que votaram contra. O vereador Bertulino Menezes (PSB) se absteve. Já o vereador Valdir Santos (PT do B) se retirou do Plenário na hora da votação. Indignado, uma vez que a ideia de apresentar o projeto também partiu dele, Gilmar bateu duro no prefeito e criticou os parlamentares que o acompanharam.   

“Quem manda no programa (Jornal da Ilha) é o companheiro Gilmar Carvalho, é Jailton Santana. Não é o presidente Emmanuel Nascimento, que pode comentar o que quiser, mas não manda no programa. Fiquei chateado. Quem ficou submisso ao prefeito assuma o ônus. Tivemos a assinatura de 12 vereadores para este projeto, mas depois o projeto foi rejeitado. É natural. Mas não compete a Emmanuel ditar o que sai nos programas”, disse Jailton Santana.    

Segundo o parlamentar, este comportamento da bancada de Edvaldo Nogueira demonstrar a cruz pesada que os parlamentares ligados ao prefeito estão carregando. “Mas se eles estão nesta posição, assumam também o comportamento aqui nesta Casa. Sempre defendi um parlamento independente, mas, infelizmente, o que temos visto aqui é uma total dependência, e os vereadores seguindo o que determina o prefeito. Emmanuel Nascimento precisa compreender que o presidente da Casa é ele, e não o prefeito Edvaldo Nogueira”, alfinetou.

Líder da bancada do prefeito, o vereador Danilo Segundo (PSB) também criticou a postura do deputado Gilmar Carvalho. Segundo Danilo, o termo é usado para definir uma pessoa que acompanha outra quando esta segunda comete algum ato ilícito. “O suplente tem que respeitar os vereadores. Isso é imoral. O Poder Legislativo tem que tomar providência. Aracaju tem 369 mil eleitores. Gilmar fala todos os dias no rádio. Se o povo acreditasse nele como ele pensa, ele não teria perdido a eleição. É como diz Albano, em Sergipe quem não é parente se conhece. E só 9 mil acredita nele. 360 mil, não”, comentou.

Para Danilo Segundo, ao chamar os vereadores de comparsa, Gilmar demonstrou incoerência, já que do mesmo jeito que a bancada votou na CMA acompanhando o prefeito, ele, Gilmar Carvalho, votou recentemente, acompanhando o governo do Estado na questão do aumento dos professores. “Ele fez pior: votou contra os professores. Porque é comparsa do governador? Votou porque tem medo de voltar para casa porque é suplente? Ele é contra professor ou deve a cabeça? Faço estas perguntas”, explanou.                     

O deputado estadual Gilmar Carvalho, por sua vez, explicou que os parlamentares que regiram com indignação, por certo, não sabem o significado da palavra comparsa. “Vou precisar disponibilizar uma assessoria especial para ensinar aos vereadores que reagiram o que é comparsa, pois me surpreende vereadores com nível superior não saberem o significado de comparsa”, disse Gilmar. Sobre as críticas pelo seu voto a favor do aumento dos professores, Gilmar explicou que deu seu voto de acordo com o seu entendimento, e não prejudicou os professores.

“Votei concordando (com o governador Marcelo Déda) e não para agradar. Na minha opinião, Déda é a favor dos professores, mas é interessante Danilo revelar que para ele o Projeto de Lei do Governo do Estado é contra os professores”, disse Gilmar, lamentando que Danilo fale em suplência quando ensaiou uma candidatura e não disputou a eleição. “Eu tive 20 mil votos. Não perdi nas urnas. Fiquei entre os 24 mais votados. Perdi para legislação. Diferente dele que se acovardou e não foi nem candidato”, ironizou.          

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