Polícia Civil monta força-tarefa para investigar corrupção em prefeituras de SE
Política 09/03/2017 09h29 - Atualizado em 09/03/2017 10h13 |Por Will Rodriguez
A Polícia Civil vai começar uma força-tarefa para investigar o desvio de dinheiro público nas prefeituras em Sergipe. O trabalho será conduzido pelo Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) que identificou indícios de irregularidades nos 75 municípios do estado.
A força-tarefa é resultado da operação Antidesmonte, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público Estadual (MPE), que acompanhou a transição das gestões municipais após a eleição do ano passado.
O Deotap terá o reforço de dez equipes, totalizando 40 agentes da PC, que vão trabalhar em regime de dedicação extraordinária, aos finais de semana. A delegada Danielle Garcia, que vai coordenar os trabalhos, pretende iniciar a investigação criminal por seis municípios.
“Houve saques na boca do caixa, transferência para conta pessoal de secretários, simulação de pagamento de contratos, crimes que não têm apenas uma vitima, a vítima somos todos nós”, afirma a delegada.
Em um mês, a polícia pretende apresentar um relatório preliminar das investigações. Trinta inquéritos já foram instaurados e a delegada não descarta prisões neste período.
“São crimes graves que podem demandar o afastamento de cargos públicos. Muitos dos prefeitos não foram reeleitos e, por isso, não têm foro, esses processos vão tramitar no 1º grau. Para os casos em que houve reeleição e foi detectada irregularidade, os inquéritos vão tramitar junto ao Tribunal de Justiça. Se preciso for, vamos pedir prisão de todo mundo.”, avisa Garcia.
O delegado-geral, Alessandro Vieira, assegura que a Polícia Civil, está preparada para enfrentar possíveis ações para inviabilizar a condução dos inquéritos. “Temos fraudes de milhões de reais em vários níveis do aparelho estatal. A gente não pode fazer uma investigação seletiva. Não escolhemos alvo de investigação, é ele quem se coloca na condição de investigado na medida em que comete crime”, conclui.


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