Servidores estão apreensivos com mudanças na previdência de SE
Política 30/08/2017 11h40 - Atualizado em 30/08/2017 13h18 |Por Fernanda Araujo
Os servidores públicos de Sergipe ainda aguardam a votação do projeto que traz mudanças na previdência do Estado. Desde a semana passada, as categorias fazem uma espécie de vigília na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados a não aprovarem a propositura, considerada por elas prejudicial ao futuro da aposentadoria.
Diante da polêmica, o governo do Estado vai enviar emendas à matéria que, segundo o governador Jackson Barreto, vão levar garantias para capitalizar os fundos da previdência, como a venda de imóveis, cujo valor estimado ultrapassa R$ 120 milhões. Além disso, a venda da dívida ativa e 30% dos royalties do pré-sal passariam a ser destinados para o fundo.
“No projeto, inclusive com essas novas emendas, não há garantia efetiva de segurança ao trabalhador. Temos um déficit mensal de R$ 106 milhões, com essas medidas, o déficit vai cair para R$ 86 milhões. O dinheiro que tem represado em caixa, na nova previdência, é o suficiente para pagar algo em torno de seis meses, sendo otimista, mesmo assim ainda vai ter um déficit muito grande. A Previdência, a priori, é uma caixa preta que ninguém tem informações sobre ela e ninguém sabe como vai ser”, diz o servidor Diego Araujo, presidente do Sintrase.
Os servidores não aceitam o discurso de crise da previdência. Para eles, as justificativas do governo não convencem e falta um plano efetivo de recuperação da previdência. O Sintrase cobra auditoria nas contas e audiência pública para discutir o tema.
“Apesar de ser funcionária do fundo antigo, que está falido, o Finanprev, não dá garantia nenhuma. Tanto os aposentados antigos como os novos iam para mesma vala. O receio é que os novos servidores que têm hoje um valor razoável no seu fundo, quando chegar a aposentadoria não ia ter dinheiro. Vai descobrir um santo, para cobrir outro, e o pior que não ia resolver o problema da aposentadoria. Esse projeto é um paliativo, o que nós queremos é uma definição definitiva”, critica Elma Andrade dos Santos (foto), servidora há 27 anos.Saiba Mais
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O projeto que altera o sistema previdenciário de servidores da administração pública sergipana está prestes a ser votado na Assembleia. A propositura que unifica os fundos da Previdência e cria um regime complementar para os contribuintes deve ser apreciada em plenário nesta quinta-feira (31). Embora tenha pressa em aprovar a matéria, o governo precisou fazer uma movimentação da base aliada para garantir os 13 votos necessários.
Os dois votos que faltavam foram assegurados durante jantar com o governador Jackson Barreto (PMDB), no começo da semana, pelos deputados Adelson Barreto Filho (PR) e Capitão Samuel (PSL), que deve deixar a licença médica exclusivamente para atender aos anseios do Palácio dos Despachos, segundo informaram interlocutores ao F5 News.A justificativa do governo está na ponta do lápis: o Funprev possui um déficit mensal de R$ 120 milhões e o Executivo diz não ter como continuar a retirar dinheiro da própria receita para complementar os pagamentos aos aposentados que ingressaram no serviço público até o fim de 2007.
Como o fundo financeiro tem mais inativos do que ativos, a estimativa é de que as despesas sigam em escalada. Para estancar a sangria e tentar tirar as contas do vermelho, o Executivo quer unir esse caixa ao fundo capitalizado – Finanprev - cujo saldo chega R$ 600 milhões, recursos para as aposentadorias dos concursados a partir de 2008. O impasse se dá pela “insegurança para os servidores” gerada pela fusão, na avaliação de oposicionistas.
*Colaborou Will Rodriguez


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