Subvenções: TRE/SE cassa diploma de Mundinho da Comase e aplica multa
Política 01/12/2015 20h24 |Da Redação
Por unanimidade, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE) acatou o pedido de condenação do suplente de deputado estadual Raimundo Vieira, o Mundinho da Comase pelo suposto envolvimento no desvio das verbas de subvenção social da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) no ano de 2014, enquanto ainda exercia o mandato de deputado estadual. Com a decisão ele fica impossibilitado de ser diplomado, se for chamado pela Alese. Mundinho também foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 106.104 mil e deve ficar inelegível por oito anos.
De acordo com o Ministério Público Federal, os dados coletados indicam que Mundinho da Comase destinou recursos a entidades de fachada em pelo menos quatro cidades para poder se apropriar diretamente dos recursos das subvenções.
O então deputado estadual destinou R$ 353,7 mil para a Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância Antonio Vieira da Silva Neto, em Itabaianinha. A entidade foi fundada pelo próprio deputado e sua esposa Maria Cardoso Vieira é a tesoureira da associação. Ainda que Juarez da Silva, funcionário do gabinete do deputado na Alese, seja apresentado como presidente, o MPF constatou que é o próprio Raimundo Vieira quem comanda a organização.
Já em Monte Alegre, a Associação Comunitária dos Produtores Rurais da Comunidade Baixa da Coxa recebeu R$ 122 mil de subvenções. Segundo os procuradores, os dirigentes da entidade emitiam cheques para pagar serviços que nunca foram executados e os cheques eram repassados ao deputado ou a pessoas relacionadas e ele..
Para a Associação Lagartense de Jovens Amigos do Povo e do Desenvolvimento Social (Alajovem), Raimundo Vieira transferiu R$ 235 mil em subvenções. Lá, contava com o apoio de Augifranco Patrick de Vasconcelos, que além de presidente da entidade, se apresentava como diretor da empresa de eventos MP10. A empresa que funcionava no mesmo endereço da associação e recebeu R$ 231 mil de pagamentos da associação. Desses R$ 231 mil, uma parte significativa teria sido repassada diretamente ao deputado, através de depósitos nas contas pessoais dele.
Em Tobias Barreto, a Associação Comunitária Gabriel Arcanjo de Oliveira recebeu R$ 250 mil em subvenções, sendo R$ 50 mil de Raimundo Vieira. Para o MPF, a associação funciona em estrutura precária e presta serviços assistencialistas como distribuição de cestas básicas e transporte para tratamento médico em Aracaju, atividades consideradas ilegais no período eleitoral.


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