Vereadores de Aracaju rejeitam abertura da CPI do Lixo
Política 30/03/2017 13h11 - Atualizado em 30/03/2017 16h09 |Por Will Rodriguez
O plenário da Câmara de Vereadores de Aracaju (CMA) rejeitou, no começo da tarde desta quinta-feira (30), o requerimento para instauração de uma CPI do lixo. A proposta de autoria do líder da oposição, Elber Batalha (PDB), foi derrubada por 16 votos a 7. Dos nove vereadores que assinaram inicialmente o requerimento, dois vereadores mudaram o voto na hora da votação.
A oposição cobra a apuração dos supostos equívocos sobre a forma que os contratos foram celebrados desde 2011 até agora entre a prefeitura e a empresa Torre, inclusive valores, contratos emergenciais e sobre o processo de licitação definitivo que ainda não foi realizado, previsto ainda para até o final do ano.
A maioria dos parlamentares entendeu que a CPI é desnecessária em função dos inquéritos em andamento no Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) com a mesma finalidade.
Para o líder do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) na CMA, o vereador professor Bittencourt (PCdoB), a proposta da CPI foi motivada por interesse político. “Os membros que assinaram o requerimento de CPI não solicitaram documentos ou esclarecimentos à prefeitura ou à Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). A CPI do Lixo é, simplesmente, um instrumento de palanque eleitoral para satisfazer interesses externos e internos de pessoas que perderam a eleição”, declarou.
Elber Batalha, como já havia antecipado, deve recorrer à Justiça para conseguir a instalação da comissão parlamentar. "Estamos falando de milhões de reais do dinheiro do povo que foram destinados de forma errônea em todos esses anos de contratos emergenciais entre a Emsurb e as empresas. Vamos procurar agora os meios legais para que tudo seja prontamente esclarecido. Aracaju clama por explicações”,disse.
O Deotap está com dois inquéritos em andamentos. O primeiro, aberto em setembro do ano passado, apura uma denúncia da Cavo (atual empresa de coleta) sobre uma suposta fraude na medição do lixo coletado entre agosto de 2013 e fevereiro de 2016. De acordo com a denúncia, a Torre – então responsável pela coleta - teria recebido pela coleta de lixo domiciliar no lugar de entulho, o que fez o valor mensal do contrato saltar de R$ 1,8 milhão para cerca de R$ 3 milhões.
O segundo inquérito, instaurado no mês de outubro de 2016, é fruto de uma denúncia que a própria Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) fez ao Ministério Público, em agosto do ano passado [durante a gestão João Alves], referente a suspeita de sobrepreço no contrato celebrado entre a PMA e a Torre, em 2010, quando Edvaldo era prefeito, cuja validade se estendeu até março de 2016. O relatório da empresa municipal aponta um superfaturamento superior a 100%.
Veja como votou cada um dos 24 vereadores:
Américo de Deus (Rede) – SIM
Anderson de Tuca (PRTB) - Não
Bigode do Santa Maria (PMDB) – Não
Cabo Amintas (PTB) - Sim
Carlito Alves (PRB) - Não
DR. Gonzaga (PMDB) - Não
Emanuel Marcos (PSDB) – Não
Elber Batalha (PDB) - Sim
Emília Corrêa (PEN) - Sim
Evando Franca (PSD) – Não
Fábio Meireles (PPS) - Não
Iran Barbosa (PT) - Sim
Isac (PCdoB) – Não
Jason Neto (PDT) - Não
Juvêncio Oliveira (DEM) - Não
Kitty Lima (Rede) – Sim
Lucas Aribé (PSB) – Sim
Palhaço Soneca (PPS) - Não
Professor Bittencourt (PCdoB) - Não
Seu Marcos (PHS) - Não
Thiaguinho Batalha (PMD) - Não
Vinicius Porto (DEM) - Não
Zezinho do Bugiu (PTB) - Não
Nitinho Vitale (PSD) - Não votou


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