Vereadores lamentam a não realização do Pré-Caju 2015 | F5 News - Sergipe Atualizado

Vereadores lamentam a não realização do Pré-Caju 2015
Estado não tem cara pra manter festa se não pagou salários, diz Agnaldo
Política 13/11/2014 13h14 |


Por Fernanda Araujo

As reuniões com o governador Jackson Barreto (PMDB) e o prefeito João Alves Filho (DEM) foram decisivas para chegar à decisão final da não realização da prévia carnavalesca de Aracaju (SE). O Pré Caju do próximo ano, festa tradicional que movimenta a economia da capital e do estado, foi interrompido por problemas financeiros da organização, principalmente pela falta de mais patrocinadores. Na administração municipal foi garantida a logística, mas pelo estadual, Jackson Barreto disse não se sentir à vontade para fazer uma discussão sobre o evento e a participação do Governo na festa.

Entre os vereadores aliados do prefeito e do governador, F5 News questionou se faltou vontade política para garantir a festa em 2015.  “É verdade, ele (o governo estadual) cometeu dois equívocos: quando gastou e se comprometeu durante a campanha; o outro foi quando sacrificou o servidor público. Quando a gente sabe que o governo crucificou o servidor público, o governo agora não tem cara de dizer que vai manter a festa se não pagou os servidores em dia”, disse Agnaldo Feitosa (PR, foto abaixo).

Segundo ele, o povo saiu prejudicado já que obras não serão concluídas porque não há capital, e nem para manter o Pré Caju que gera recursos para a cidade. “Uma festa dessa não precisa ser a prioridade, mas precisa ser uma das prioridades dos governos”, afirma.

O vereador diz ainda que a gestão municipal não vem cometendo nenhum equívoco e em um ano e dez meses apenas a

trasou um dia no calendário de pagamento dos servidores. Por isso, pode garantir, por exemplo, o trabalho da Emsurb. “O que deixa a gente triste é saber que a iniciativa privada não tem dado a mão a essa festa. Eu soube que apenas dois eram únicos que tinham se manifestado. Precisa de pelo menos uns dez patrocinadores”, disse Agnaldo, acreditando que a festa não irá acabar.

Para Lucas Aribé (PSB), o evento não pode depender do poder público que já tem outras prioridades. “Sabemos que o Pré Caju é um evento que movimenta a economia do estado, muito importante para o turismo, movimenta a rede hoteleira, bares, restaurantes. A não realização significa uma perda muito grande para nosso estado como um todo, vai ter diversos reflexos. Acho que é uma situação complicada, a gente sabe que as condições financeiras do Estado e do município não estão bem. Não acho que faltou vontade política. Acredito que poderíamos ter uma iniciativa privada mais forte, se esse setor colaborasse seria importante, faltou patrocínio”.

“Quem pode responder isso são os gestores. A análise que temos que fazer é que se trata de um evento particular. Envolve uma parcela da população que não se submete à compra de instrumentos que particularizam e privatizam a festa, mas de toda sorte produz lucro e tudo mais. É uma festa tem que ser discutida dentro do seu caráter empresarial, de lucro; o poder público não pode se submeter à lógica dessa festa. Tem sim que ter todos os cuidados, agora, definição de despesa, gasto e logística que vai ser oferecida por parte dos poderes públicos é um debate que tem que ser feito envolvendo, inclusive, a população. E estabelecendo prioridades. As condições para que a festa aconteça têm que ser asseguradas pelo promotor que aufere lucros com a oferta da festa”, ressalta Iran Barbosa (PT).

Pequeno expediente

No pequeno expediente da Câmara de Vereadores, Renilson Félix (DEM) avaliou como preocupante os governos não conseguirem oferecer a logística. “Se o governo do Estado e a Prefeitura também - tenho que me incluir também na situação - não conseguem dar uma logística a essa festa que traz dividendos ao Estado de Sergipe, aí é de se preocupar. O governo do Estado anunciou obras na campanha eleitoral, todos os dias, o dinheiro do Proinvest torrava a torto e a direita e o que se vê hoje? Hoje não tem o Pré-Caju. O governo municipal também tem que entrar com apoio logístico”, afirma.

Para Valdir Santos (PT do B, foto ao lado) a crise se enfrenta com trabalho. Ele defendeu que o poder executivo municipal e o estadual deveriam se somar e oferecer o mínimo para que o evento ocorra. “É uma festa do povo de Aracaju e de Sergipe. Eu lamento que a festa não venha ser realizada. Acho que ainda há tempo tanto de Jackson Barreto e do prefeito João Alves e liberar pelo menos a logística. Muitas famílias aguardam ansiosamente por esse evento todos anos. Para os ambulantes, a renda adquirida durante a festa contribuía efetivamente com o orçamento familiar. Acredito que o Pré-Caju não vai acabar definitivamente, afinal, essa prévia carnavalesca que acontece há 22 anos já faz parte do calendário turístico da cidade”, afirmou.

Foto principal e 2: Fernanda Araujo

Foto 1: Acrisio Siqueira/CMA

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