“Geração terapia”: entenda por que os millennials traem menos
A geração millennial (nascidos entre 1981 e 1996) repensa a fidelidade e evita casos, um dos motivos, no entanto, chama a atenção Variedades | Por Metrópoles 20/12/2025 15h00 |A geração que cresceu com aplicativos de namoro, redes sociais onipresentes e uma linguagem terapêutica incorporada ao cotidiano pode estar se envolvendo menos em traições. Não necessariamente por uma superioridade moral, mas por exaustão. Para muitos millennials, simplesmente não sobra energia.
Entre jornadas de trabalho intensas, aluguéis cada vez mais caros e o esforço para sustentar relações estáveis, somam-se ainda a terapia, a rotina de exercícios e a tentativa de manter algum equilíbrio pessoal. Nesse cenário, um caso extraconjugal deixa de ser tentador e passa a parecer apenas mais uma tarefa impossível de administrar.
Mesmo com a tecnologia ampliando o acesso a potenciais parceiros — de aplicativos a redes sociais —, cresce a percepção de que a infidelidade perdeu espaço entre os nascidos de 1981 a 1996. Ansiedade financeira, desgaste emocional e mudanças culturais sobre o que se espera de um relacionamento ajudam a explicar o fenômeno.
O debate ganhou força após um trecho do podcast australiano Mamamia Out Loud viralizar nas redes sociais em novembro. As apresentadoras comentaram que, embora nunca tenha sido tão fácil trair do ponto de vista logístico, os millennials parecem simplesmente não fazê-lo com tanta frequência. As explicações levantadas vão de fatores econômicos a transformações profundas na forma de se relacionar.
Nos comentários, muitos ouvintes — em especial millennials — reagiram com ironia e cansaço. Houve quem brincasse sobre a falta de tempo e disposição para “administrar” outra relação, enquanto outros destacaram que, hoje, mal é possível sustentar uma única vida familiar.
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