Exposição ao sol no verão pode agravar doenças dermatológicas, alerta especialista
O herpes labial é um dos problemas mais frequentes desencadeados pelo sol Blogs e Colunas | Saúde em Dia 01/04/2025 15h41 - Atualizado em 01/04/2025 16h23Com a chegada do verão e as altas temperaturas, é comum que as pessoas aproveitem os dias ensolarados para curtir praias e atividades ao ar livre, especialmente nas regiões mais quentes do país, como o Nordeste. No entanto, o que parece um simples momento de lazer pode trazer riscos à saúde da pele. A exposição excessiva ao sol pode agravar ou reativar diversas doenças dermatológicas, como lúpus, fotoalergia, herpes simples e câncer da pele.
Segundo o dermatologista Dr. Emerson Ferreira, o herpes labial é um dos problemas mais frequentes desencadeados pelo sol. “O herpesvírus, após a infecção primária, permanece latente no organismo. O sistema imunológico do hospedeiro mantém o vírus inativo, mas, com a exposição solar intensa, a queimadura provoca uma queda nas defesas imunológicas. Isso permite que o vírus se replique e migre até o local da lesão, geralmente o lábio”, explica.
Além do herpes, doenças autoimunes como o lúpus também podem se agravar com a exposição solar. Por isso, a fotoproteção deve ser uma prática constante e disciplinada, principalmente durante o verão. O especialista orienta o uso de filtros solares de amplo espectro, com fator de proteção (FPS) de, no mínimo, 60 para raios UVB e um terço desse valor para UVA, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Mas o protetor solar não é a única medida de proteção. “Roupas de algodão, secas, ou roupas com proteção UV (como as da linha UV Line), óculos de sol adequados, fotoprotetores sistêmicos, além de uma alimentação rica em antioxidantes e uma boa hidratação também fazem parte da rotina ideal de cuidados”, afirma Dr. Emerson.
Questionado sobre a eficácia do protetor solar na prevenção de doenças desencadeadas pelo sol, o médico destaca que o FPS, embora muito importante, não é uma barreira absoluta. Por isso, a combinação com outros métodos é essencial, especialmente para pessoas com predisposição a doenças fotossensíveis.
Outro ponto de atenção é saber diferenciar uma reação normal ao sol de um sintoma mais preocupante. “A queimadura solar aguda causa vermelhidão, ardência e, em casos mais intensos, formação de bolhas. Já a exposição crônica ao sol pode levar, com o tempo, a manchas, rugas, perda de elasticidade e ressecamento da pele — efeitos que geralmente começam a aparecer após os 40 anos. Ambas as formas de exposição aumentam o risco de câncer da pele”, alerta o dermatologista.
A dica final é simples: aproveitar o verão com responsabilidade. A proteção contra os raios solares deve ser uma aliada constante da saúde da pele — e não apenas uma preocupação estética.







André Carvalho é jornalista há mais de 20 anos. Formado pela Universidade Tiradentes (Unit), possui especialização em Marketing pela Faculdade de Negócios de Sergipe (Fanese). Foi apresentador de programa de rádio e televisão, e atuou como assessor de comunicação de vários órgãos públicos e secretarias municipais e estaduais. Atualmente, é editor do Caderno Saúde em Dia.
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