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O perigo está no prato: como os ultraprocessados ameaçam sua saúde
Esse tipo de alimento é pobre em nutrientes e rico em calorias vazias, açúcares, gorduras ruins, conservantes, aditivos químicos e, principalmente, sódio.
Blogs e Colunas | Saúde em Dia 16/05/2025 20h16 - Atualizado em 16/05/2025 20h20

Uma estatística tem causado preocupação entre profissionais de saúde e população em geral: o aumento expressivo de infartos em pessoas jovens. A combinação de maus hábitos alimentares, sedentarismo, estresse e privação de sono tem levado a um cenário alarmante, em que doenças cardiovasculares, antes mais comuns em idosos, atingem cada vez mais indivíduos na casa dos 20, 30 e 40 anos.

De acordo com o cardiologista Dr. Luiz Flávio Prado, os alimentos ultraprocessados estão no centro dessa crise. “O consumo frequente desses produtos está diretamente relacionado ao aumento do risco de obesidade, diabetes tipo 2, pressão alta, doenças do coração como infarto e insuficiência cardíaca, além de vários tipos de câncer, demências como o Alzheimer e até mesmo depressão. O uso de anabolizantes por homens e mulheres jovens também é um risco”, alerta.

Segundo o especialista, esse tipo de alimento é pobre em nutrientes e rico em calorias vazias, açúcares, gorduras ruins, conservantes, aditivos químicos e, principalmente, sódio. “Eles aumentam a inflamação no corpo, elevam o colesterol ruim (LDL) e a glicemia, favorecem o ganho de peso e a obesidade e elevam a pressão arterial — todos esses fatores sobrecarregam o coração e aumentam o risco de infartos e de uma doença cardíaca muito grave chamada insuficiência cardíaca, quando o coração cresce e enfraquece, comprometendo seriamente a qualidade de vida do paciente”, explica o médico.


Entre os ingredientes mais perigosos para o coração, Dr. Luiz Flávio destaca as gorduras trans, os óleos vegetais refinados, o excesso de sal (sódio) e os açúcares adicionados. “Até mesmo alimentos considerados ‘diet’ podem conter açúcares industrializados que aumentam a glicemia, o que é extremamente prejudicial, especialmente para quem tem diabetes. Além disso, muitos contêm aditivos artificiais que desregulam o metabolismo”, afirma.

O impacto dos ultraprocessados na pressão arterial também é significativo. O excesso de sódio presente em embutidos, temperos prontos, refrigerantes e salgadinhos está entre os principais responsáveis pela elevação da pressão arterial. “Mas não é só o sódio. O aumento de peso provocado por esses alimentos também contribui para o quadro de hipertensão”, destaca o cardiologista.

A boa notícia, segundo o especialista, é que o risco pode ser controlado com mudanças graduais e conscientes nos hábitos alimentares. “Comer esses alimentos eventualmente, dentro de uma dieta equilibrada e rica em alimentos naturais, tem impacto muito menor do que o consumo diário. O perigo está na frequência e no hábito”, ressalta.

Para quem tem dificuldade em abandonar os ultraprocessados, o médico orienta mudanças progressivas: “Substitua refrigerantes por água com limão, troque salgadinhos por frutas ou castanhas. Planeje suas refeições, evite ir ao supermercado com fome e busque apoio de profissionais de saúde. Além disso, fique atento aos rótulos: produtos com muitos ingredientes que você não reconhece, alto teor de sódio, gordura e açúcar devem ser evitados”, conclui Dr. Luiz Flávio Prado.
 

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André Carvalho é jornalista há mais de 20 anos. Formado pela Universidade Tiradentes (Unit), possui especialização em Marketing pela Faculdade de Negócios de Sergipe (Fanese). Foi apresentador de programa de rádio e televisão, e atuou como assessor de comunicação de vários órgãos públicos e secretarias municipais e estaduais. Atualmente, é editor do Caderno Saúde em Dia.

E-mail: jornalistaandrecarvalho@gmail.com

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