Apagão no Norte e Nordeste foi causado por falha humana, diz ONS
Brasil e Mundo 06/04/2018 16h51 |O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou nesta sexta-feira (6) que o apagão que atingiu 70 milhões de pessoas no Norte e Nordeste em 21 de março foi causado por uma falha humana. Segundo a primeira versão da nota técnica elaborada pelo órgão, havia um ajuste de proteção indevido no disjuntor da Subestação Xingu, no Pará.
O evento ocorreu quando o fluxo de energia do bipolo de Belo Monte estava sendo elevado para 4 mil MW. A abertura do disjuntor impediu que a energia da hidrelétrica fosse escoada pelo bipolo. “No disjuntor foi instalada indevidamente uma proteção de sobrecorrente, regulada para 4.000 Ampéres, valor abaixo da corrente nominal do equipamento, o que fez com ele abrisse quando o fluxo da linha chegou próximo a 4 mil MW", explicou o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira.
O ONS verificou ainda que o Sistema Especial de Proteção (SEP) não atuou desligando as máquinas da usina de Belo Monte com a perda do bipolo, uma vez que sua lógica não foi atualizada para considerar o acionamento do disjuntor. Dessa forma, a região Norte ficou com excesso de geração, provocando sobretensão nas linhas de transmissão e seu consequente desligamento. Os fatos levaram ao blecaute na região Norte. "A falha é humana, porque alguém programou o ajuste, e esse ajuste foi um ajuste indevido", explicou Barata.
No momento da ocorrência, a região Nordeste recebia 2.879 MW da região Norte. Com a perda da interligação, o Nordeste ficou com uma carga maior do que a geração, o que ocasionou queda na frequência. Na ocasião, o ERAC - Esquema Regional de Alívio de Carga atuou em cinco estágios, cortando 25% da carga e normalizando a frequência em 60 Hz. Em seguida, duas unidades geradoras da hidrelétrica de Paulo Afonso saíram de operação, levando o Nordeste ao blecaute.
Nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste também houve cortes de carga devido a atuação do primeiro estágio do ERAC. Foram cortados 3.665 MW de carga, o que representava 5% do total no momento da ocorrência.
A recomposição no Sul e Sudeste/Centro-Oeste foi muito rápida. Às 15h57 as cargas já estavam completamente recompostas. No Norte, o processo de recomposição foi mais demorado devido à magnitude do evento e em função da quantidade de equipamentos desligados. Às 17h50, toda a carga das distribuidoras estava recomposta. Houve dificuldades no processo de recomposição do Nordeste, que foi iniciado às 16h30 e finalizado às 22h20.
O relatório foi encaminhado aos agentes envolvidos, incluindo a empresa Belo Monte, e, dentro de 15 dias, no máximo, a versão final será apresentada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É a agência reguladora que vai responsabilizar e definir possíveis punições aos envolvidos.
*Com informações da ONS e UOL


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