Decisão que autoriza a “curagay” é criticada nas redes sociais
Brasil e Mundo 19/09/2017 10h16 - Atualizado em 19/09/2017 11h05 |Por F5 News
Repercute nas redes sociais a decisão do juiz federal da 14ª Vara do Distrito Federal, Waldemar Cláudio de Carvalho, que torna possível que psicólogos apliquem a terapia de reversão sexual, conhecida por "cura gay", método proibido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) desde 1999.
Na manhã desta terça-feira (19), as hashtags #curagay e #HomofobiaÉDoença ocupavam os primeiros lugares do Trending Topics no twitter. Pelo Facebook várias pessoas postam imagens reprovando a liminar. Veja alguns dos posts.
Uma coisa q curaria gay seria todo mundo ser tratado igualmente já pensou? Ng precisaria ter nome diferente! Todo mundo diverso e distinto!
— Fabrício Cruz (@BricioCruz) 19 de setembro de 2017
Será eita em cima de Eita! Amor não é doença.#curagay pic.twitter.com/Zz0ipoU9Bu
— Andrea Oliveira (@OliiveiraAndrea) 19 de setembro de 2017
Acordei hoje e pensei que tinha sido um pesadelo #curagay e descubro que foi real. Que dia triste pra essa país
— Val (@sonhaue) 19 de setembro de 2017
Tanta coisa acontecendo no país e a justiça está interessada em curar gays. Pq não curam a falta de caráter e o preconceito??#curagay
— Baianinha (@iaeFer) 19 de setembro de 2017
minha preocupação neste momento é que vai faltar leitos nos hospitais para a #curagay. #HomofobiaEDoenca devem se tratar logo.
— fau andrade (@fauandrade) 18 de setembro de 2017
Esse tipo de tratamento é proibido por meio de uma resolução editada pelo Conselho CFP em 1999. Desde 1990 a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial da Saúde.
Na resolução, era acordado que os psicólogos “não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados”.
A liminar foi concedida após um grupo de psicólogos entrar com uma ação popular, alegando censura e perseguição religiosa por parte do CPF. Como base, foram mostrados os casos de Rozângela Justino, uma profissional da área que sofreu censura do CFP em 2009, e Marisa Lobo, evangélica, que chegou a ter o registro profissional cassado pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná, - decisão revertida em instâncias superiores.
A decisão do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho mantém a resolução 01/99 da entidade, mas determina que o "Conselho Federal de Psicologia não impeça os psicólogos de promover estudos ou atendimento profissional, de forma reservada, pertinente à reorientação sexual, sem qualquer possibilidade de censura ou necessidade de licença prévia".
Com a resolução, os psicólogos poderão passar a receber, em seus consultórios, homossexuais que estejam cientes de sua orientação sexual, mas que ainda assim desejem uma mudança por conta de possíveis transtornos psicológicos e comportamentais adquiridos devido ao preconceito com exposição de sua sexualidade.
O CFP informou que irá recorrer às instâncias superiores para tentar reverter o caso. A visão do juiz é vista com muita preocupação por Pedro Paulo Bicalho, diretor do CFP e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para ele, a decisão de Carvalho é "perigosa e paradoxal", além de ser um retrocesso "sem precedentes" para a categoria. "A permissão das terapias de reversão sexual representa uma violação dos direitos humanos, não tem embasamento científico algum e ainda pode provocar sequelas e agravos ao sofrimento psíquico do paciente", critica.
*Com informações do Correio Braziliense


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