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Meio Ambiente
A maior limpeza de praias de Sergipe será no próximo sábado
O Clean Up Day contará com atrações para toda a família
Cotidiano 17/09/2025 14h41 |


No próximo sábado (20), Aracaju será palco da maior limpeza de praias do estado. A 10ª edição do “Clean Up Day” acontece na Praia do Robalo das 8 às 12h. Realizada pelo Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho (PVPBM) da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA), a ação é uma alusão ao Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias e integra o calendário do International Coastal Cleanup Day, coordenado mundialmente pela ONG Ocean Conservancy. O PVPBM é realizado pela Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e do Governo Federal. 

Além da limpeza, a programação inclui atividades para toda a família: gincanas, alongamento, fit dance, apresentações musicais, brincadeiras, exposições e premiações. A agenda completa pode ser conferida nas redes sociais da FMA (@mamiferosaquaticos) e do PVPBM (@vivaopeixeboimarinho).

A ideia é engajar a sociedade em práticas sustentáveis e chamar a atenção para as consequências do lixo nos oceanos, com um enfoque especial para a população dos peixes-bois-marinhos. Para o Prof. Dr. João Carlos Gomes Borges, Coordenador do PVPBM, a poluição dos ambientes costeiros e marinhos por resíduos sólidos, infelizmente, é uma situação muito comum ao longo de nossa costa.

“Observamos a presença de plásticos, linhas de pesca e outros resíduos presentes em bancos de algas-marinhas e capim-agulha e, durante o forrageamento dos peixes-bois nestes bancos de alimentação, eles acabam ingerindo estes resíduos de forma acidental. Isso pode desencadear obstruções do trato gastrointestinal e, em situações mais críticas, pode ocasionar até mesmo o óbito destes animais”, afirma o Professor e Coordenador do Projeto.

Acúmulo de resíduos ameaça a vida marinha e o meio ambiente

Os resíduos sólidos afetam diretamente a vida marinha. Diversas espécies podem confundir os resíduos com alimentos, ingerindo plásticos, entre outros elementos, que causam obstruções gastrointestinais e podem levar até a morte. Além disso, animais marinhos ficam frequentemente emaranhados em detritos flutuantes, resultando em ferimentos graves ou impedidos de locomoção.

No caso da ingestão, as consequências costumam ser de difícil percepção a curto prazo. Quando o sistema gastrointestinal dos animais está preenchido por plásticos, sua real capacidade de absorver nutrientes dos alimentos diminui, reduzindo drasticamente as chances de sobrevivência. Isso pode levar a uma redução populacional ou mesmo a extinção local de determinadas espécies tartarugas marinhas, focas, leões marinhos, golfinhos, peixes-bois-marinhos, aves marinhas e peixes são algumas das inúmeras vítimas . Em razão disto, já foi constatado, até mesmo, o óbito de um peixe-boi-marinho no Brasil.
  
Pesquisas recentes revelam que a poluição por plástico, por exemplo, já afeta cerca de 200 espécies marinhas no Brasil, das quais 85% estão em risco de extinção. Segundo estudo realizado em 2024 pela ONG Oceana, destes animais, 1 em cada 10 morreu em decorrência de problemas como desnutrição e comprometimento da imunidade após a exposição a compostos químicos nocivos às espécies.

Em 2024, uma análise do conteúdo gastrointestinal realizada pelo Laboratório da FMA revelou que 91 dos 156 animais marinhos necropsiados tinham resíduos de origem humana em seus estômagos e intestinos. Isso significa que quase 60% desses animais ingeriram lixo em algum momento de suas vidas.  

"A urgência em nos conscientizarmos sobre o impacto das nossas ações no meio ambiente não pode ser subestimada. Cada pequeno gesto de descuido — como o descarte inadequado de lixo — tem consequências diretas e muitas vezes irreversíveis para a vida dos animais marinhos. Precisamos agir imediatamente, juntos, com responsabilidade e compromisso”, alerta Larissa Figueiredo, Bióloga, Coordenadora do Laboratório FMA e Curadoria Científica. 

Fonte: Fundação Mamíferos Aquáticos

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