Capivaras se multiplicam em Aracaju e preocupam autoridades
Deputada cobra ações de manejo enquanto bióloga alerta para riscos à saúde e reforçam orientações de convivência Cotidiano | Por F5 News 07/09/2025 15h00 |O aumento do número de capivaras em áreas urbanas de Aracaju foi tema de debate na Sessão Plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe. A deputada Kitty Lima (Cidadania) destacou a preocupação com a presença dos animais na cidade e defendeu a adoção de medidas de manejo que garantam tanto a segurança da população quanto a proteção da fauna.
“A gente está vendo o crescimento desordenado de capivaras em áreas urbanas da cidade e isso é uma preocupação, tanto para os animais quanto para a população”, disse a parlamentar.
Kitty informou que oficiou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) para obter informações sobre as ações de manejo em andamento. “Esse manejo é necessário, evitando desequilíbrios ecológicos e conflitos urbanos. Não podemos deixar do jeito que está. Precisamos ter uma resposta”, afirmou.
Expansão urbana e impactos ambientais
Em entrevista ao F5 News, a bióloga, Maracy Alves Silva, foi consultada e explicou que as capivaras são animais semiaquáticos que vivem próximos a cursos d’água, como rios, lagos e manguezais. O avanço da urbanização em áreas como os bairros Jabotiana e Aruana, que abrigavam vegetação nativa e serviam de habitat natural, tem forçado os animais a se aproximarem das zonas habitadas.
Segundo a especialista, a perda de áreas verdes e a redução da oferta de alimentos contribuem para esse movimento. Outro fator apontado é a diminuição de predadores naturais, como jacarés, que favorece o crescimento da população de capivaras nas regiões urbanas.
Orientações à população
A bióloga destacou a importância de manter distância dos animais. “Nunca se deve tentar tocar ou alimentar a capivara. Apesar de parecerem dóceis, são silvestres e podem reagir de forma agressiva”, alertou.
Além disso, as capivaras podem transmitir doenças como raiva e leptospirose, e ainda servir de hospedeiras para o carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. Em casos de risco ou quando o animal estiver em situação de perigo, a orientação é acionar a Adema, órgão responsável pelo manejo da fauna em Aracaju.
Para especialistas, a convivência pacífica depende de ações de monitoramento e preservação das áreas de ocorrência, além de campanhas de conscientização que reforcem a necessidade de evitar o contato direto com os animais.





