Corpo de Zé Peixe será sepultado no Cemitério Santa Izabel
Uma insuficiência respiratória vitimou o sergipano aos 85 anos Cotidiano 26/04/2012 17h22 |Por Sílvio Oliveira
O corpo do prático José Martins Ribeiro Nunes (85), o Zé Peixe, será velado, a partir das 20h, desta quinta-feira (25), na Capitania dos Portos de Sergipe, situada na avenida Ivo do Prado, nº 752, Aracaju (SE). O sepultamento será no cemitério Santa Izabel, nesta sexta-feira (27), em horário ainda a ser definido pela família.
Zé Peixe faleceu na tarde desta quinta-feira (26), a caminho do hospital São Lucas ao passar mal depois do almoço em sua residência. O sobrinho, Robert Shunk, estava em sua companhia e tentou socorrê-lo, levando-o ao hospital São Lucas. A causa-morte foi insuficiência respiratória.
Zé Peixe era uma figura lendária de Sergipe e ficou conhecido ao conduzir embarcações na saída e entrada da barra do rio Sergipe, considerada uma das mais perigosas do país. O mais inusitado é que ele não precisava de embarcação de apoio. Fazia a travessia e o guiamento de navios a nado, detalhando a profundidade das águas, das correntezas e direção dos ventos.
Protagonistas de inúmeras matérias em meios de comunicação do país, não era difícil os sergipanos de passagem pela avenida Ivo do Prado - onde ele residia - encontrar o “Pequeno Notável” (franzino, 1,60m de altura e 53 Kg) em seu habitual nado nas águas do rio Sergipe. Também era conhecido por sempre andar de pés descalços e poucas vezes usar sapatos.
Conta os mais próximos, que ele, por muito tempo, não se banhava de água doce, somente de água salgada, além de ter um estilo de vida peculiar, como nunca ter fumado, nem consumido bebidas alcoólicas, comer bastante frutas, dormir às 20h e acordava sempre às 06h.
Zé Peixe nunca deixou seu estado natal e nunca residiu em outro lugar, quer não seja a casa da Ivo do Prado, herdada dos pais.
Por sua bravura em salvar velejadores e tripulantes em perigo, bem como pela praticagem, foi agraciado com vários prêmios e medalhas: pelo salvamento da iole potiguar (barco a vela) recebeu a medalha ao mérito em ouro do Rio Grande do Norte; por seus dedicados anos de trabalho recebeu a Medalha Almirante Tamandaré (criada em 1957, homenageia instituições e pessoas que tenham prestado importante serviço na divulgação ou no fortalecimento das tradições da Marinha do Brasil); homenageado com a Medalha de Ordem do Mérito Serigy, mais alta condecoração do município de Aracaju e eleito o Cidadão Sergipano do Século XX.
Em 2009, com 82 anos e já enfermo, solicitou junto à Marinha seu afastamento definitivo da praticagem (Portaria N 141/DPC, 13/10/2009). Atualmente aposentado, se afastou do mar, pois sofria do Mal de Alzheimer, o que o deixou limitado e restrito à sua casa onde era assistido pela família. O rio Sergipe e a Marinha do Brasil perdem um dos mais brilhantes sergipanos.
Foto: Class Mariner


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