Aracaju sedia, entre 30 de novembro a 6 de dezembro, a 5ª edição da Maratona de Inovação para o Bem (MIB). A iniciativa reúne cerca de 110 estudantes de diversas escolas públicas e privadas para uma experiência prática de tecnologia, criatividade e impacto social. O propósito é transformar adolescentes em protagonistas da inovação, desafiando-os a desenvolver soluções reais para problemas enfrentados por pessoas da comunidade.

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Durante esta semana, os participantes passam por uma jornada intensa que inclui aulas de programação com Arduino, oficinas técnicas, pesquisa de campo, ideação, construção de protótipos e apresentação final - tudo isso totalmente em inglês e com orientação de especialistas brasileiros e internacionais. Segundo o professor e idealizador do projeto Heli Lucas, o MIB nasceu pelo propósito de mostrar Sergipe ao mundo.

“Quando comecei esse projeto em 2013, muita gente duvidava que Sergipe pudesse se destacar em ciência e tecnologia. No meu primeiro evento em São Paulo, com um grupo de robótica do Colégio Bom Pastor, as pessoas se surpreendiam ao descobrir que éramos de Aracaju. Aquilo me marcou. Decidi que faria algo para mostrar que aqui também existe potencial enorme”, destacou.

Uma semana inteira de “mão na massa”

Nesta segunda-feira (1º), os alunos mergulharam em um intensivão de eletrônica, lógica computacional e programação. A partir desta terça (2), recebem o problema central da edição: um desafio real vivido por alguém da comunidade. A partir daí, trabalham até a sexta-feira (5) na criação de protótipos funcionais.

Em anos anteriores, já foram desenvolvidas soluções como: sistemas de monitoramento ambiental para áreas de risco e dispositivos para auxiliar crianças com paralisia cerebral, projetos baseados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

No sábado pela manhã, dia final da Maratona, os estudantes apresentam seus projetos totalmente em inglês para pesquisadores, engenheiros e convidados internacionais. À noite, acontece o encerramento oficial no Porto Farol, com palestras e entrega dos certificados.

Convidados internacionais e certificados globais

A edição de 2025 conta com nomes como Jamil Lopes, Diretor Regional da Microsoft; Jorge Arturo (Blue Origin), engenheiro que já trabalhou na NASA e SpaceX e chega ao evento dias depois de participar do lançamento de um foguete, além de pesquisadores da Universidade de Minnesota e especialistas em educação STEM.

Neste contexto, todos os estudantes recebem certificação nacional da Associação Sergipana de Ciências e certificação internacional emitida pela Universidade de Minnesota (EUA);

Sergipe para o Brasil e do Brasil para o mundo

O projeto nasceu em 2013 como a Feira de Ciências Itinerante, quando Heli Lucas decidiu levar ciência e tecnologia para escolas públicas em Sergipe. O impacto foi tão grande que, ainda no primeiro ano, o projeto foi convidado pelo então ministro da Ciência e Tecnologia para ser apresentado em Brasília, e depois em Santa Catarina.

Durante a pandemia, o professor passou a conectar alunos com engenheiros, doutores e especialistas de vários países. Após a retomada das atividades presenciais, esses profissionais começaram a vir ao estado.

“De 2013 para cá, mostramos Sergipe não apenas para o Brasil, mas para o mundo. Já trouxemos engenheiros da NASA, do Google, pesquisadores do MIT e especialistas internacionais que enxergam nos nossos alunos o mesmo potencial que eu sempre vi desde o início”, ratificou Heli Lucas.

Propósito social

A maratona conta ainda com uma campanha de arrecadação de alimentos destinada ao grupo Alma Generosa, de Capela, e tem apoio do SergipeTec, Cienart e Editora MicroKids, que financia parte da iniciativa e planeja levar o projeto para escolas públicas de outros estados nos próximos anos.

Fonte: Assessoria de Comunicação