Médicos realizam paralisação de advertência à Prefeitura
Cotidiano 06/03/2013 18h16 |Por Míriam Donald
Após manifestação realizada na última terça-feira (05), os médicos que compõem o Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) e que fazem parte da rede municipal realizaram, nesta quarta-feira (06), uma paralisação de advertência à Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), ocorrida no calçadão da Rua João Pessoa. A decisão foi tomada há um mês, quando a categoria tentou realizar audiência com os gestores municipais, até a semana passada sem êxito.
Segundo o Sindicato, a paralisação foi provocada pelo prefeito João Alves Filho, já que desde a mudança de gestão a classe tenta entrar em contato, sendo que a reunião deveria ser em janeiro, mês da data base. “Apenas após a paralisação de ontem que a Prefeitura se propôs a nos receber. Não tínhamos sido ouvidos até o dia de ontem. O que custava à Prefeitura ter nos recebido na semana passada? Teria evitado essa paralisação”, critica o presidente do sind
icato, João Augusto de Oliveira (foto ao lado).Sobre a reunião ocorrida ontem, João Augusto afirmou que o secretário de Finanças alegou que as contas estão difíceis e as da saúde não fecham, mas quem discute salário seria o secretário de Saúde. Em contrapartida, o secretário de Saúde informou que quem discute salário é Nilson Lima, o novo secretário de Finanças de Aracaju. “Um está empurrando para o outro e cabe a nós contatar os vereadores, inclusive alguns também médicos, o que já estamos fazendo. Três dele, como Dr. Emerson, Dr. Aguinaldo e Dr. Manuel Marcos, jê se prontificaram a marcar audiência com o prefeito.”
Até o fim desta semana, a categoria espera uma data marcada para audiência e que se diga com quem os médicos podem negociar. Ainda de acordo com o presidente do sindicato, o problema com a saúde pública na capital sergipana é recorrente. “Com a gestão passada, houve greve e várias paralisações e não é porque mudou de gestão que os problemas acabaram. Já estamos em março com a nova gestão”, diz.
Condições de trabalho
Além de discutir piso salarial, os médicos se referem também à quantidade de pacientes por profissional e a falta de materiais. De acordo com o presidente João Augusto, não é aumentando o salário que vai se resolver a situação. “Estamos preocupados com a qualidade do atendimento. Não queremos consultas de dez minutos. A gestão passada fez uma lei que diz que o médico deve atender um paciente a cada 20 minutos no máximo, ou seja, três pacientes por hora, ou seja, não aceitamos isso”, afirma.
Ele diz que o ideal seria trinta minutos para cada paciente, pois dá para examinar e explicar o que os profissionais pedem, até porque a maioria dos médicos não cumpre com esse número. “Seria muito fácil dizer que iríamos cumprir e receber integral, mas não concordamos. Desde o ano passado abrimos mão de 4% no salário para não cumprir essa meta de tratamento que a prefeitura impôs. Diminui a sobrecarga e faz com o paciente seja melhor atendido e assim ele não precise retornar com diagnóstico errado. Isso só prejudica o paciente”, coloca João Augusto.
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