Mesmo com o cigarro mais caro, fumantes sustentam o vício
Cotidiano 26/04/2012 16h42 |Por Adriana Meneses
O consumidor de cigarros vai encontrar, nos próximos dias, o produto de algumas marcas mais caro. Isso porque o governo federal anunciou o reajuste do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a partir do dia (1º) de maio, lembrando que esse aumento estava previsto para dezembro de 2011, mas foi adiado pelo governo.
O reajuste nos preços, que atingirá diretamente o consumidor, foi uma consequência do novo modelo de cobrança do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os cigarros, alterado pelo governo e cuja alíquota sofrerá reajuste de aproximadamente 41%. Uma empresa responsável pelas marcas mais famosas na fabricação de cigarros no Brasil já informou que vai haver um aumento médio de 24% para os varejistas.
Valor mínimo do maço
Outra medida que será adotada pelo governo a partir de maio que poderá contribuir para a contenção do consumo do cigarro é o estabelecimento do preço mínimo do maço do produto a R$ 3. Com a regra, o varejista que vender cigarro por um valor inferior estará sujeito a pena de apreensão do produto e suspensão do direito de venda do produto pelo prazo de cinco anos.
As datas subsequentes para o aumento do preço mínimo do produto já foram estabelecidas, ficando para janeiro de 2013, quando o maço passará a custar R$ 3,50, janeiro de 2014, quando o produto alcançará R$ 4, e janeiro do ano seguinte, no qual o valor mínimo do maço com 20 cigarros deverá ser de R$ 4,50.
Opinião dos fumantes
É fato. Com o reajuste nas taxas que contribuem para o aumento no valor do cigarro, muitos fumantes terão que desembolsar mais alguns reais se quiser continuar fazendo uso do produto, mas esse reajuste no valor do produto poderia fazer com que os usuários do cigarro deixassem o vício de lado? Com esse questionamento a reportagem do F5 News foi às ruas para saber a opinião de alguns fumantes.
Fumante há 50 anos, o aposentado Adilson Lisboa (foto), que aprendeu a fumar ainda cri
ança com o seu pai, diz que o reajuste no valor do cigarro não é fator contribuinte para quem deseja parar de fumar. Para ele força de vontade é o fator predominante para largar o vício. “Eu bebia, e parei de beber quanto achei que devia. Eu fumo, e só vou parar de fumar quando achar que devo. Não será o valor do cigarro que vai me fazer parar, mas sim a minha força de vontade”, salientou
“Um aumento absurdo”, essa é a opinião do também aposentado Cláudio de Oliveira (foto), fumante há 10 anos. Ele conta que já tentou parar de fumar, mas não será esse reajuste que o fará largar o vício. “Aprendi a fumar quando era adolescente lá no Rio de Janeiro. Eu era o excêntrico boêmio, e como frequentador da boemia carioca, o cigarro e a bebida faziam parte do contexto. Veja há quanto tempo o cigarro aumenta de preço. Isso nunca me fez parar de fumar”, observou.
Curiosidade. Esse foi o motivo que fez com que o comerciante César Ricardo (foto), iniciasse o vício do cigarro há 15 anos. Para ele o reajuste no valor do cigarro também não vai contribuir para abandonar fumo. “Já tentei parar de fumar algumas vezes, mas por conta própria. Não acredito que esse aumento no produto vai fazer com que eu pare de fumar. Quem é fumante acaba não vendo esse aumento”, analisou.
Foto: (divulgação)


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