Ministério Público Estadual faz inspeção no Huse
Ortopedia, retenção de ambulâncias e laboratório são os problemas Cotidiano 25/10/2012 16h21 |Por Míriam Donald
Mesmo com a diminuição da fila de espera, o Ministério Público Estadual (MPE), através da Promotoria dos Direitos à Saúde, realizou uma visita de inspeção ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) nesta quinta-feira (25), para avaliar a situação e o andamento das cirurgias em decorrência do pedido de demissão de sete ortopedistas, que alegaram não ter condições adequadas para trabalhar.
O caso preocupa o MPE que realizou audiência, na sexta-feira da semana passada, quando foi estipulado que no prazo de 48 horas fosse entregue a escala de ortopedia do Huse, incluindo o número de horas contratadas de cada profissional. Segundo a promotora Euza Missano (foto), não se pode mais demorar ou atrasar a realização de procedimentos cirúrgicos, principalmente aqueles que são realizados no Huse, um hospital de poli traumatizados e de pacientes graves.
Além da visita, a promotora foi conversar com os profissionais e a superintendência sobre a Ação Civil Pública (ACP) ajuizada na quarta-feira (24), com referência à retenção das ambulâncias por ausência de macas. “A Ação foi ajuizada por conta das denúncias publicadas, inclusive na imprensa sobre ambulâncias retidas na porta do hospital sem poder cumprir toda a assistência necessária aos pacientes em situação pré-hospitalar por conta da falta de macas”, explica a promotora.
Segundo Euza, outro problema é o laboratório como validades dos reagentes e ausência de equipamentos indispensáveis e básicos para a realização dos exames laboratoriais. “Vamos aproveitar e fazer uma reunião conjunta porque todos buscam um interesse único, que é assistência digna à população”, diz a promotora.
De acordo o superintendente adjunto e diretor técnico do Huse, Augusto César Esmeraldo, a equipe do Huse está reorganizando a forma de trabalhar dos ortopedistas e afirma que a partir do dia 1º de novembro, a escala deve estar regularizada.
Sobre a contenção de macas, ele alegou que o MPE deverá observar e ajudar a trazer as forças das entidades neste momento difícil que a instituição passa. “É um hospital onde não há liberdade de poder fechar a porta para a população e poder organizar o que tem dentro. Temos que administrar essa superlotação da melhor forma possível”.
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