Uma mulher identificada como Thais Santos utilizou as redes sociais para denunciar duas abordagens policiais durante o Pré-Caju, que aconteceram no último sábado (4). Segundo ela, através do uso de câmeras de segurança de reconhecimento facial ela teria sido confundida duas vezes com uma foragida. 

Segundo o depoimento divulgado nas redes sociais, por volta das 16h30, do último sábado (4), ela afirmou ter sido abordada por policiais que queriam saber seu nome e dados pessoais. 

“Pois através das câmeras de reconhecimento facial, eu seria uma criminosa. Isso mesmo, criminosa, porém ao verificarem todos os meus dados foi constatado que não tinha nada em meu nome, e fui liberada. Pensando eu que ali tudo estaria resolvido e que eu poderia ir curtir a festa como havia planejado. O pior estava por vir”, disse. 

Thais denunciou as abordagens policiais em sua conta do Instagram (Reprodução/Redes Sociais)

Thais disse que foi abordada novamente e que teria sido “humilhada publicamente, maltratada e levada como uma meliante para o carro da polícia, sem que ao menos pudesse me defender ou me explicar”. 

Novamente os policiais pediram seus dados e após checagem, de acordo com Thais, “eles viram que não tinha nada de errado, e que eles haviam cometido um grande erro”, contou.

Após o ocorrido, os policiais a teriam levado para a casa. Para ela, isso teria sido uma forma de “minimizar e se retratar com o ocorrido”. 

Confira o vídeo na íntegra:

 

 

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma publicação compartilhada por Thais Stos (@th_lany)

O que diz a SSP?

O F5 News entrou em contato com a assessoria da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para comentar a situação.

Através de uma nota, a pasta disse que "houve uma grande similaridade apontada pela identificação facial com outra pessoa, que possuía mandado de prisão em aberto" e que a tecnologia não tem "100% de precisão". Além disso, a SSP/SE disse que caso a denunciante tenha percebido excessos,"as Corregedorias estão à disposição para apurar qualquer denúncia", detalhou.

Confira a nota na íntegra

A tecnologia do reconhecimento facial tem sido utilizada para identificar pessoas com mandados de prisão e restrições com a Justiça. Notadamente, a informação divulgada antecipadamente diminuiu sobremaneira os casos de crimes violentos em toda a área do Pré-Caju. Três pessoas com mandados de prisão foram localizadas e presas nos dois primeiros dias do Pré-Caju. 

Sobre o caso da condução e verificação de uma mulher na tarde deste sábado (04), houve uma grande similaridade apontada pela identificação facial com outra pessoa, que possuía mandado de prisão em aberto. A tecnologia não tem 100% de precisão se realmente é a pessoa apontada no banco de mandados, por isso a necessidade de uma verificação minuciosa. 

Ela foi encaminhada por uma equipe da Polícia Militar para a Delegacia de Turismo, onde foi feita a checagem final e, posteriormente, a liberação, Caso a denunciante tenha percebido excessos, as Corregedorias estão à disposição para apurar qualquer denúncia.

Balanço segurança 

Nesta edição do Pré-Caju, 27 câmeras conectadas aos bancos de dados da segurança pública foram utilizadas. Ao todo, oito pessoas foram identificadas com o uso da tecnologia, cinco delas foram liberadas após a verificação dos dados.

SSP/SE-Reprodução

Segundo a pasta, três homens procurados pela Justiça foram presos com o uso das câmeras de reconhecimento facial. O primeiro possui um mandado de prisão por homicídio, o segundo por estelionato e o terceiro possui um mandado de prisão preventiva por roubo.