Oncologia do Huse celebra Outubro Rosa
Cotidiano 30/10/2012 10h57 |Por Elisângela Valença
Equipe clínica e pacientes da Oncologia do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) tiraram a manhã de hoje, 30, para uma celebração. São as comemorações pelo Outubro Rosa, um evento que acontece no mundo inteiro como uma forma de alerta às mulheres para a necessidade dos cuidados para prevenir o câncer de mama.
Durante a manhã, a recepção da Oncologia teve lanches, música ao vivo, depoimentos de pacientes e profissionais da saúde, familiares e, apesar de ser um espaço cercado de tensões, os sorrisos marcaram os rostos de quem por ali passava.
Eram sorrisos de pessoas que venceram o câncer e hoje partilham suas histórias para ajudar e estimular o surgimento de novos vitoriosos no setor. Vitoriosos como Gilvânia Santos Martins, de 40 anos. Em 1999, ela varria a casa quando percebeu um caroço perto da axila. Foi ao médico e recebeu o diagnóstico: câncer de mama.
O tratamento foi iniciado imediatamente, mas não impediu que o câncer reaparecesse em 2002. Fez quimioterapia, radioterapia até a cirurgia para a retirada das duas mamas. Hoje, ela comemora dois filhos, dois netos e 25 anos de casada. “Eu tenho o melhor marido do mundo. Em nenhum momento, ele se afastou de mim. Numa época, ele chegou a perder o emprego para cuidar de mim e hoje somos vitoriosos. Posso dizer que sou a mulher mais feliz do mundo inteiro”, disse Gilvânia.
Segundo Rute Andrade, coordenadora da Oncologia do Huse, somente em 2012, já foram registrados 210 casos em Sergipe. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 370 casos de câncer em Sergipe para este ano, 180 deles somente em Aracaju. “É preciso que a mulher cuide da sua saúde para que possamos fazer o tratamento nos estágios iniciais. Infelizmente, elas já chegam aqui em estágios avançados”, disse Rute.
Rute informou que 63 pessoas participam do grupo de apoio do setor. É o Mama Fest, que conta com equipe multidisciplinar e outros pacientes. Um desses participantes é a Zezé Barbosa, 56 anos, que passou três anos em tratamento e hoje está apenas na medicação. Ela faz parte do Mama Fest desde que iniciou seu tratamento em 2008.
De acordo com ela, este apoio é de suma importância no tratamento. “Eu aprendi rápido que não bastam apenas os medicamentos. O tratamento se completa com sua força, com sua disposição para vencer a doença. É claro que é um diagnóstico difícil de encarar, a gente acha que vai morrer no dia seguinte. Mas é preciso juntar forças para vencer e dizer que está curada. A palavra tem poder”, disse Zezé.
Ela também reforça que a mulher precisa ter atenção a ela mesma, ao próprio corpo. “Minha mãe morreu de câncer e eu acabei protelando exames. Quando descobri o meu, já estava avançado. Por isso, mulher, cuide-se. Não tenha medo de enfrentar os problemas. Você pode vencê-los”, estimula.


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