A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe possui uma equipe reconhecida no país quando o assunto é investigação técnica de sinistros em rodovias federais: o Grupo de Investigação de Sinistros de Trânsito (GIST), formado por policiais com capacitação específica em perícia administrativa e análise de eventos complexos.

PRF/SE

A equipe é responsável por elaborar relatórios detalhados que ajudam a compreender as causas de sinistros graves e a orientar a adoção de medidas que previnam novas ocorrências.

Nos últimos anos, o GIST participou de investigações em diferentes estados, o que consolidou seu nome como referência técnica dentro e fora da instituição. Entre os casos mais marcantes estão o sinistro registrado em dezembro de 2024, em Minas Gerais — um dos mais letais da história recente, com 39 vítimas fatais e outro ocorrido em Pernambuco, na última semana, que resultou na morte de 17 pessoas após o tombamento de um ônibus de viagem.

Em ambos os episódios, a equipe da PRF/SE foi acionada para atuar na perícia de campo e na elaboração dos relatórios técnicos que subsidiam as conclusões oficiais e indicam ações corretivas.

Tecnologia, método e experiência a serviço da segurança viária

O trabalho do GIST começa já na chegada, quando os policiais fazem uma varredura minuciosa na cena: é a busca por vestígios e evidências que possam esclarecer a dinâmica do episódio. São avaliados aspectos como o estado do pavimento, o traçado da via, a sinalização, as condições meteorológicas, o comportamento dos condutores e até a presença de resíduos ou substâncias que possam ter interferido na aderência dos pneus ao solo.

Cada detalhe é registrado em relatórios fotográficos e medições precisas, que posteriormente são convertidos em modelos tridimensionais do local. A PRF em Sergipe utiliza tecnologias de ponta, como softwares de reconstrução em 3D e óculos de realidade virtual, capazes de recriar fielmente a cena do acontecimento e permitir que os investigadores “entrem” no ambiente reconstruído para avaliar o ponto exato de colisão, a trajetória dos veículos e outros fatores determinantes.

Essa abordagem científica, aliada à experiência prática dos policiais, confere aos relatórios produzidos pelo grupo um alto grau de confiabilidade técnica, frequentemente reconhecido por instituições parceiras e pela própria Justiça.

Mais do que identificar causas, o trabalho da perícia da PRF busca propor soluções preventivas. A partir das análises, são indicadas medidas como a correção de defeitos no pavimento, a melhoria na sinalização, a instalação de redutores de velocidade e a revisão de limites em trechos críticos.

Em muitos casos, os laudos técnicos da PRF também são encaminhados à polícia judiciária, contribuindo com as investigações criminais e com os processos judiciais que buscam responsabilizar eventuais infratores.

Para o PRF Tércio Silva, integrante do GIST, o papel do grupo transcende a dimensão técnica e se alinha à missão institucional de proteger vidas: "Nosso trabalho vai além da identificação das causas de um sinistro. Ele representa um compromisso com a verdade e com a prevenção. Cada laudo produzido é uma oportunidade de aprendizado, que se transforma em medidas concretas para evitar novas tragédias. É gratificante saber que o conhecimento adquirido em campo retorna à sociedade em forma de segurança e preservação de vidas.”

Além de atender ocorrências dentro do estado, o grupo de Sergipe tem sido constantemente requisitado para atuar em missões interestaduais, no reforço a equipes em operações conjuntas e em perícias de grande porte.

Essa mobilidade nacional é resultado do reconhecimento do elevado padrão técnico dos agentes e da estrutura de apoio disponível na Superintendência, que investe continuamente em capacitação, modernização de equipamentos e aprimoramento de protocolos.

Fonte: Comunicação Social / PRF-SE