Professores do Estado se reúnem em frente ao Palácio dos Despachos
Sintese promete recorrer à Justiça se categoria não for ouvida Cotidiano 31/10/2012 12h00 |Por Fernanda Araujo
Mais um dia de paralisação e de reivindicações nesta quarta-feira (31). Os professores da rede pública de Sergipe se manifestaram até o meio dia de hoje, em frente ao Palácio Despachos – Governador Augusto Franco, com o objetivo de serem recebidos pelo governador em exercício, Jackson Barreto (PMDB), para dialogar sobre o reajuste salarial de 2012.
Após a assembleia geral no dia 26, a categoria tenta receber os 22,22% ainda este ano. Os professores aprovaram que, no momento, abririam mão do pagamento do retroativo a janeiro, mas que de imediato fosse pago, a partir de outubro, os 22,22% sem alteração na carreira. Hoje é o último dia do mês e, segundo a vice-presidente do Sintese, professora Lúcia Barroso (foto abaixo), o Governo não garantiu o reajuste.
“Encaminhamos a proposta e nem o governador Marcelo Déda (PT), nem o governador em exercício deram resposta. O que nós recebemos do secretário de Educação (Belivado Chagas) foi um ofício que o secretário de Planejamento e Gestão (Oliveira Júnior) encaminhou para o governador. Não foi o documento assinado pelo governador encaminhando para o Sintese dizendo que não podia pagar. Queremos uma resposta direta do governador”.
Agora com o projeto do pagamento de 6,5% de janeiro tramitando na Assembleia Legislativa, a categoria reafirma que isso destrói a carreira. “O reajuste nacional é 22,22%, é lei, não podemos abrir mão da lei. Mesmo com esse projeto que era para ser votado em julho, tem um acúmulo também de recursos. Não pagou o 6.5%, nem os retroativos e nem teve despesa em setembro e nem outubro. Esse acumulado dá para pagar o nosso reajuste de 22,22% sem mexer na carreira”.
E continua: “O governador colocava que não tinha dinheiro para pagar a partir de janeiro. Também em agosto o governo não pagou mais o débito que ele tinha com o magistério em relação ao ano passado. Ele parcelou o nosso reajuste em oito parcelas. Como a partir de agosto não teve mais essa despesas, já estamos quase em novembro e recebemos o mesmo salário que recebíamos em 2011. O governador acumulou esse recurso porque reduziu as despesas a partir do momento que não foi pago o retroativo”, relata.
De acordo com o estudo da diretoria do Sintese, com o projeto aprovado, tanto professores do ensino básico, médio e superior não terão mais a progressão na carreira, que seria o avanço salarial por formação e tempo de serviço. Os professores do ensino médio, independente do tempo de serviço, ganharão o mesmo salário de R$ 1.451,00. Para os do superior, que ganham R$ 1.660,00, perderão 40%; já os do pós-doutorado em diante perderão 50%.
A deputada estadual Ana Lúcia (PT) (foto ao lado), em favor da categoria, informou que teve uma reunião com Jackson Barreto e explicou a situação. “Mas ele ficou de remarcar outra reunião. O projeto do jeito que está destrói a carreira horizontal da categoria. Com esses 6,5% é o futuro destruído para todos os professores. O governador precisa dialogar, do contrário, é não ter visão de mundo”.
Ainda com a esperança de ser recebido, o sindicato afirma que não deixarão de insistir até o último momento. Porém, caso não for ouvido o Sintese promete recorrer à Justiça.
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