Seminário discute a mulher na segurança pública
Cotidiano 05/03/2013 18h14 |Por Sílvio Oliveira
A Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública de Sergipe abriu solenemente nesta terça-feira, 05, na Academia de Polícia Militar, em Aracaju, o I Seminário Estadual de Mulheres, Segurança Pública e Direitos Humanos. A palestra de abertura intitulada “Segurança Pública, Relação de Gênero, Poder e Direitos Humanos” foi proferida pela secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki (foto abaixo).
Em sua vinda a Sergipe, a secretária trouxe colocações registradas na “Pesquisa Mulheres em Segurança Pública”, que mostrou ainda existirem os assédios moral e sexual contra a mulher nos quartéis militares e delegacias de polícia do país; que existe uma disparidade entre estados no que se refere aos salários, além de más condições de trabalho e uma realidade não só da mulher policial, mas da Segurança Pública brasileira, de constante busca por melhorias e carreira.
Regina Miki disse ter chamado atenção na pesquisa a satisfação das mulheres policiais em serem ouvidas. “Já é um ponto primordial. A satisfação de ser ouvida, conseguir colocar no papel o que acha da profissão. Ainda há uma grande desigualdade. Existem Estados que não têm carreira, não valorizaram o profissional. Quando nós fazemos um concurso desse tipo, sabemos que faremos qualquer serviço. Não queremos entrar na polícia somente para ser psicólogo, assistente social, sentada numa mesa. Queremos ser policiais atuantes, concorrer na carreira em igualdade de condições”, afirmou.
Quanto a Sergipe, ela disse ser um exemplo de valorização do profissional em equipamentos, condição de trabalho e na garantia da carreira. “Esse é o diferencial. Não adianta ter um piso salarial alto. O que nós queremos é a progressão na carreira e igualdade”, ressaltou.
Seminário
Segundo a secretária Regina Miki, eventos como o seminário que ocorre em Aracaju até esta quarta-feira, 06, são importantes para que se possa refletir que o dia da policial feminina é todo dia.
“Há dias que ela chega à delegacia e não volta para casa porque teve um flagrante e tem que virar a noite. Ela é mãe. Ela é esposa. Serve para que possamos pensar em conjunto e não ficar fechadas dentro do gabinete pensando na nossa condição. Há outras mulheres trabalhando e com trocas de experiência como essa que podemos melhorar a condição de todas as mulheres, inclusive das que sofrem a violência”, afirmou.
A secretaria estadual de Políticas para as Mulheres, Maria Teles (foto abaixo), disse que as policiais ousaram adentrar numa seara historicamente masculina, razão pela qual todas têm que com elas aprenderem e beber um pouco de sua coragem e maestria.
“A postura ajuda a construir novos paradigmas de que a igualdade pelos espaços de decisões e poder deve ser conquistada a todo o momento. É por isso que estamos aqui para beber da coragem e sabedoria das pessoas que vão discutir a política de gênero”, salientou.
O seminário continua nesta quarta-feira, 06, com palestras, debates, mesas redondas e elaboração de uma carta compromisso.
Fotos: Sílvio Oliveira


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