Sergipe lançará Frente Parlamentar em Defesa dos Animais
Ato acontecerá na Assembleia Legislativa com debate voltado ao tema Cotidiano 07/03/2013 07h30 |Por Míriam Donald
Com o objetivo de discutir a proteção aos animais, o deputado estadual Capitão Samuel (PSL) ocupou a tribuna da Assembleia de Sergipe nesta terça-feira (05) para informar que hoje (07), às 10h, várias entidades que trabalham com o tema ‘defesa dos animais’, dentre elas, alunos do curso de veterinária da Universidade Pio Décimo, Universidade Federal de Sergipe (UFS) e também com representantes da Polícia Rodoviária Estadual e Federal estarão em debate, visando o lançamento da Frente Parlamentar Estadual em Defesa dos Direitos dos Animais, a segunda no país.
O deputado informou em sessão que um dos temas discutidos com outros parlamentares na semana passada em Brasília foi o de implantar uma frente para que se fortalecesse as entidades e órgãos que trabalham nessa causa e também para que o Estado tenha leis mais punitivas no que se refere ao assunto.
O que motivou a ação foi a morte de um jegue arrastado por carro conduzido pelo dono do animal. O jegue chegou a ser levado ao hospital veterinário, mas morreu por causa dos graves machucados, o que despertou a revolta da população de modo geral e de alguns parlamentares, dentre eles o deputado capitão Samuel, que se propôs a levar representantes de entidades para Brasília, a fim de lá trabalhar a proteção aos animais.
De acordo com Nazaré Morais (foto), presidente da Educação e Legislação Animal (Elan) e integrante do grupo de Gestão de Fauna do Estado, o fato é inédito em Sergipe, já que não existe nada para animais. “Com a amizade que tínhamos com o presidente da Frente, uma audiência foi marcada com a comitiva de Sergipe juntamente com uma vereadora de Salvador, Ana Rita Tavares, e assim, reforçamos a comitiva e fomos recebidos dia 27 em Brasília pela Câmara Federal”, conta.
Na audiência, foi explicada a necessidade de haver um líder de bancada para explicar Projeto de Lei como o dos circos, já que em Aracaju não se pode mais haver animais em circos, mas nacionalmente ainda existe. Segundo Nazaré, nos próximos 10 dias estará em votação o projeto nacional de lei dos circos. “Circo é uma exploração comercial e as pessoas precisam entender que, quando alguém explora um animal comercialmente, quando o animal fica velho e doente eles são jogados às ruas e viram flagelos, sendo atropelados, adquirindo doenças e prejudicando toda a sociedade. Veículo de tração animal é um veículo rural e não urbano, o que pode motivar acidentes”, explica.
Nazaré também citou a necessidade de outras leis como a de esterilização cirúrgica como forma de controle populacional, alvo de lei municipal aprovada em dezembro do ano passado, mas a federal ainda não foi à votação, assim como a de leishmaniose. “O Brasil é o único país do mundo que não trata animais com leishmaniose, ele mata. O mosquito que transmite a leishmaniose mora em matéria orgânica podre. Cachorro morto é o quê? Matéria orgânica podre. Então matar cachorro dizendo que está combatendo a doença, nada mais está sendo feito do que criatório de leishmaniose e esses corpos vão para lixões públicos”, esclarece.
Saúde Pública
A presidente da Elan informou ainda que a quantidade de infecção de lençóis freáticos de meio ambiente de outros animais com leishmaniose é grande. Segundo ela, deveriam ser destinados a crematórios, mas os animais são jogados no lixo público e todos têm acesso a esse material putrefato e automaticamente a doença está sendo disseminada pelos líquidos podres nos lençóis freáticos que voltam para a torneira das pessoas em forma de água para consumo. “Não dá mais para aceitar. É questão de Saúde Pública.”
Questionada sobre o desinteresse e preconceito de muitos, Nazaré afirma que é questão de informação e cobrar as políticas corretas. “Não é uma questão de gostar de bichinho.”
Também envolvidos estarão a Comissão de Segurança Pública e a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa.


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