A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que estava sem técnico para a Seleção desde a saída de Dorival Júnior, anunciou na manhã desta última segunda-feira (12), o italiano Carlo Ancelotti como novo comandante da Canarinho. Em nota oficial, a entidade afirmou que o treinador, chamado pelo presidente Ednaldo Rodrigues de “o maior técnico da história”, comandará o time até a Copa do Mundo de 2026.

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“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Algumas pessoas expressaram suas opiniões sobre a contratação do técnico italiano. Para o radialista e cronista desportivo Adel Ribeiro, essa não deixa de ser uma contratação interessante, mas algumas coisas devem mudar. “Inclusive uma solicitação feita pelo próprio Ancelotti: ele não quer ingerência de ninguém no trabalho dele. Ou seja, ele vai escolher os atletas para a formação do selecionado”, analisou.

“Isso é um ponto importante, porque sabemos que a nossa Seleção hoje é baseada em interesses empresariais. É por isso que não estamos indo a lugar nenhum. Já são 23 anos sem conquistar um título. É a seleção com mais títulos mundiais, então vejo essa contratação como positiva. Ele tem experiência no futebol europeu, conhece o perfil dos jogadores e, se a CBF atender ao que ele precisa, acredito que pode dar certo. Caso contrário, será apenas mais uma tentativa”, afirmou Adel. 

O professor e radialista Jorge Hora entende que esta foi uma contratação acertada. “Um treinador renomado a nível mundial. O Brasil, há muito tempo, precisa de alguém de fora, pois, as tentativas com técnicos da casa têm fracassado. As convocações e a forma de jogar não têm agradado. A torcida espera por um estrangeiro”, assegurou.

“Apesar de ser bairrista, acredito que chegou o momento de apostar num nome de peso como Ancelotti. Ele conhece os jogadores, muitos atuam na Europa, alguns até jogam com ele. O que esperamos é que ele consiga implantar uma filosofia de jogo eficiente. O Brasil tem potencial, mas falta organização — inclusive na CBF. Esperamos que ele traga de volta os títulos e o bom futebol”, torce o professor.

O anúncio também parece ter agradado a torcida. A estudante de jornalismo Bruna Prejuízo entende que Ancelotti represente uma excelente contratação. “Apesar de ser estrangeiro, acho que vai revolucionar a Seleção Brasileira. Vai trazer de volta aquele espírito de torcer, de acompanhar os jogos. A torcida vai levar mais a sério a equipe e o técnico vai escolher profissionais realmente capacitados. Foi uma jogada excelente da CBF. Ele é vitorioso, tem muitos títulos e pode trazer o hexa para o Brasil em 2026”, prevê.

O estudante de publicidade Elber Magno se declara torcedor do Real Madrid e acompanhou as duas passagens pelo clube merengue. Para ele, o italiano fez um trabalho brilhante e espera que traga essa experiência para a Seleção Brasileira. “Ele treinou os dois maiores atacantes da atualidade, Vinícius Júnior e Rodrygo. Espero que, por ser estrangeiro, ele consiga ter o respeito dos jogadores, coisa que os técnicos brasileiros não vêm conseguindo. Que os atletas se comprometam e sigam suas instruções táticas. O Brasil tem uma seleção com muito potencial, mas falta um bom comando”, avaliou.

Primeiros passos na Seleção

Carlo Ancelotti se tornou o quarto técnico estrangeiro a treinar a Seleção – e deve ser o primeiro a comandar a equipe Pentacampeã em uma Copa do Mundo. O técnico italiano foi anunciado antes da próxima Data FIFA, que ocorrerá em 5 de junho, quando o Brasil enfrentará o Equador pelas Eliminatórias Sul-Americanas. Atualmente, a Seleção ocupa a quarta posição na tabela, com 21 pontos, enquanto os equatorianos estão na vice-liderança, com 23. Depois, no dia 10 de junho, o Brasil jogará contra o Paraguai na Neo Química Arena. O adversário está na quinta colocação, com os mesmos 21 pontos.

Ainda vinculado ao Real Madrid, da Espanha, Ancelotti deve assumir a Seleção no dia 26 de maio, após o término do Campeonato Espanhol. O time merengue ainda tem três partidas pela frente: contra o Mallorca (dia 14), o Sevilla (dia 18) e contra a Real Sociedad (dia 24). Há expectativa de uma liberação antecipada, caso o Barcelona — atualmente com sete pontos de vantagem — conquiste o título antes do encerramento do torneio.

Quem é Ancelotti

Carlo Ancelotti nasceu em 10 de junho de 1959, em Reggiolo, na Itália. Ex-jogador, foi eleito em 2019 pela revista France Football como um dos dez maiores técnicos da história do futebol. Em 2022, tornou-se o treinador com mais conquistas em torneios interclubes da UEFA, além de ser o que mais venceu a Liga dos Campeões: cinco vezes como técnico e duas como jogador.

Ancelotti também foi campeão do Mundial de Clubes da FIFA três vezes — uma pelo Milan (Itália) e duas pelo Real Madrid (Espanha). Com passagens por gigantes europeus, ele já comandou a Juventus (Itália), Paris Saint-Germain (França), Chelsea (Inglaterra) e Bayern de Munique (Alemanha).